terça-feira, 17 de setembro de 2024

Elmar rompe relações com Lira e fecha aliança com Antonio Brito na disputa pela sucessão no comando da Câmara

Foto: Michel Jesus/ Câmara dos Deputados

Da Redação

O deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil) comunicou que rompeu relações com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). As informações são do portal Metrópoles.

Segundo a publicação, o comunicado foi feito em reunião com a bancada do União Brasil da Câmara. O parlamentar baiano articulou sua candidatura para o comando da Casa na expectativa de receber o apoio de Lira, que acabou optando por Hugo Motta (Republicanos-PB) para ser seu candidato na disputa pela sucessão.

Em entrevista ao portal, o deputado Fernando Marangoni (União Brasil-SP) afirmou que a bancada do partido corroborou com a fala de Elmar, que classificou o movimento de Lira como “traição”.  “Entendemos que ele não traiu somente Elmar, mas também o bloco, o nosso partido e o União também. Se Lira não apoia o centro, ele apoiará ou o governo ou a oposição. São dois grupos que não garantem a autonomia da Casa”, disse Marangoni.

Ao deixar a reunião, Elmar foi questionado pela imprensa sobre como ficaria a situação do PP de Lira no bloco formado com o União, PSDB-Cidadania, PDT, Avante, Solidariedade e PRD. Ele respondeu: “Se o PP quiser sair do blocão, o problema é deles”.

Ainda segundo o Metrópoles, nesta semana, Elmar parou de atender ligações de Lira. O presidente da Câmara recebeu o líder do União Brasil na quarta-feira passada (4), quando tentou convencê-lo a deixar a disputa. A conversa entre os dois foi dura, pois o parlamentar baiano resistiu aos apelos do então aliado.

Arthur Lira disse a aliados ter uma relação de muito respeito e até de amizade com Elmar Nascimento, mas ponderou que a escolha para a sucessão à presidência da Câmara passa por vários fatores externos.

Após a conversa com Lira, Elmar procurou o parlamentar baiano Antônio Brito (PSD), um dos seus adversários na disputa pela presidência da Câmara, e fechou uma aliança. O grupo estima ter cerca de 200 votos e pode derrotar Motta e Lira, a depender da posição do PL de Bolsonaro e do PT de Lula.

12 de setembro de 2024, 10:00

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