sexta-feira, 26 de abril de 2024

Família de pediatra morto na Bahia pede apoio de autoridades para elucidação do crime

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Da Redação

A família do pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, morto no dia 23 de setembro no município de Barra, no oeste da Bahia, emitiu uma nota pública ontem (13), clamando por apoio das autoridades da Bahia na elucidação do crime.

O médico foi assassinado a tiros enquanto atendia uma criança em clínica. “A família vem a público clamar às autoridades policiais e políticas do Estado da Bahia para que não permitam que este caso vire mais um dos incontáveis ‘crimes de mando’ insolúveis na região”, inicia a nota.

“Em que pese o autor dos quatro disparos e mais três envolvidos tenham sido presos, o crime segue sem respostas tendo em vista que o contratante – Diego Santos Silva (Diego Cigano) – continua foragido, mesmo com mandado de prisão temporária expedido contra ele em 29 de setembro”, continua.

A família afirma, ainda, que, o fato de o mandante do crime seguir em liberdade, tem deixado os parentes do médico em “constante estado de alerta e com sentimento de impunidade”.

“O assassinato de uma pessoa à luz do dia, em seu local de trabalho, na frente de outras pessoas, incluindo uma criança, é algo que desencadeia uma sensação de insegurança coletiva. Quem será a próxima vítima? Qual família será a enlutada da vez?”, questionam os familiares.

Os parentes do pediatra dizem também que estão em desespero pelo fato de que o foragido apontado como contratante do assassinato do pediatra “tem seu nome relacionado a muitos crimes na região”.

“Diante de todo esse cenário, a família do Dr. Júlio César de Queiroz Teixeira reitera a confiança no trabalho desempenhado até aqui pela equipe da Polícia Civil à frente do caso, sob coordenação dos delegados Jenivaldo Rodrigues, da Delegacia Territorial de Barra, e Ernandes Reis dos Santos, coordenador do 14º Coorpin/Irecê, que em poucos dias conseguiu encontrar, apreender e interrogar o executor e suspeitos de participação no crime. No entanto, constata-se que a estrutura disponibilizada chegou ao limite para que a investigação avance daqui para frente.”, diz outro trecho.

Na nota, os familiares sugerem a criação de uma força-tarefa “com estrutura adequada” para elucidar o crime. “Clamamos as autoridades públicas do Estado da Bahia (Governo da Bahia, Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público do Estado, Polícia Civil)”.

“Acreditamos que as respostas para o assassinato do pediatra Júlio César contribuam para desmantelar toda uma cultura do extermínio que segue impune fazendo vítimas na região de Barra/BA. É preciso dar um basta no comércio da morte que vem dilacerando famílias no semiárido baiano”, finaliza a nota.

14 de outubro de 2021, 15:30

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