Famílias de trabalhadores mortos após queda elevador no Horto abrirão processo contra condomínio e empresas
Da Redação
O advogado dos familiares dos dois homens que morreram após a queda de um elevador no edifício Splendor, no Horto Florestal, informou nesta segunda-feira (18) que o condomínio e as empresas envolvidas no acidente serão processados.
Segundo a defesa, relatos de moradores demonstram que houve negligência, já que o elevador que despencou teria apresentado falhas dias antes.
De acordo com reportagem do site Correio, o advogado que representa as famílias das vítimas, Gustavo Neiva, esclareceu que o processo deverá ser aberto no âmbito trabalhista nesta semana. Também serão feitos pedidos de indenização por danos morais e materiais.
“Entendemos que as provas reunidas até agora são suficientes para que ingressemos com o processo. Recebemos ligações de pessoas que se prontificaram em ser testemunhas. Elas trabalham no condomínio e vivenciaram, durante muito tempo, as falhas que ocorriam no elevador. Não foi algo isolado”, disse Neiva ao portal.
As causas do acidente estão sendo investigadas pela 6ª Delegacia de Polícia/Brotas. O Ministério Público do Trabalho também abriu inquérito.
O elevador do Splendor despencou do 6º andar, de uma altura de aproximadamente 25 metros, matando Manoel Francisco da Silva, 54, e Ariston de Jesus, 61, que prestavam serviço para Bom Preço Mudanças.
A empresa defende que a responsabilidade jurídica do acidente deve recair sobre a gestão do condomínio.
Já a administração do condomínio do edifício afirmou que a manutenção do elevador estava em dia e a última avaliação do equipamento havia sido feita no dia 9 de novembro, quando um técnico validou a segurança.
De acordo com o Splendor, o condomínio tem contrato para manutenção dos elevadores com a Atlas, que é fabricante dos equipamentos, desde fevereiro de 2021.
A Atlas, fabricante do elevador e responsável pela manutenção, lamentou a morte dos trabalhadores e afirmou que está cooperando com as autoridades na investigação.
