Relatório constata irregularidades em hospital de Conceição do Jacuípe
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Da Redação
A precariedade na gestão de leitos, a falta de medicamentos e falhas no controle da presença de médicos foram algumas das irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA) no Hospital Municipal Dr. Antônio Carlos Magalhães, em Conceição do Jacuípe.
O relatório de auditoria, analisado nesta terça-feira (11), revelou uma série de problemas que afetam diretamente o atendimento aos pacientes e levou os conselheiros a advertirem a prefeita Tânia Marli Ribeiro Yoshida, o secretário de Saúde Daniel de Freitas Ribeiro e o diretor do hospital, Marcos Welber Silva de Araújo, para que adotem medidas urgentes.
De acordo com a auditoria, a administração inadequada dos leitos tem resultado em internações prolongadas, enquanto a farmácia do hospital sofre com falhas no controle de estoque, levando à escassez de medicamentos essenciais.
O problema foi agravado pela paralisação do sistema Hórus, responsável pelo gerenciamento dos remédios. Além disso, o relatório destacou a ausência de monitoramento da presença dos médicos contratados via credenciamento, bem como a falta de fiscalização do ponto biométrico dos profissionais sob regime Reda, o que pode ter permitido que alguns deixassem de cumprir a carga horária exigida.
Os auditores também identificaram fragilidades na organização e no planejamento do hospital, com ausência de registros adequados e falhas no controle da atuação da unidade. A falta de conexão entre os objetivos traçados para o hospital e sua real situação compromete a eficiência dos serviços prestados.
Os conselheiros do TCM seguiram o parecer da relatora, conselheira Aline Peixoto, e determinaram que as recomendações do relatório sejam cumpridas. Caso as falhas persistam, futuras avaliações da administração municipal podem ser prejudicadas. A decisão ainda cabe recurso.