Humorista enviou áudio à miss baiana após assassinato para tentar criar álibi, revela polícia
Da Redação
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul revelou que o humorista Marcelo Alves enviou um áudio à miss baiana Raíssa Suelen Ferreira da Silva, de 23 anos, após tê-la assassinado em Curitiba, com o objetivo de simular preocupação e despistar as investigações. A informação foi obtida durante perícia no computador do acusado, conforme divulgado nesta semana.
O crime ocorreu no dia 2 de junho, mas o corpo de Raíssa só foi localizado em 9 de junho, depois que Marcelo confessou o assassinato e indicou à polícia a área de mata onde havia escondido o cadáver da jovem. Segundo os investigadores, a mensagem foi enviada para criar um falso álibi, sugerindo que o humorista não tinha ligação com o desaparecimento.
No áudio, publicado pelo portal g1, Marcelo se dirige à vítima com tom de preocupação:
“Oh, Raíssa. Boa noite! Rapaz, onde é que tu tá, hein, ‘bicha’? Entra em contato, está todo mundo preocupado com tu aqui. Faz tempo, desde segunda-feira que tu não entra em contato com ninguém. Aparece, aparece, pelo amor de Deus, cara. Está todo mundo preocupado e a gente está se virando aqui nos trinta pra ver o que pode fazer.”
Antes do crime, o humorista também havia enviado outro áudio à jovem, convidando-a para um suposto trabalho em São Paulo. A polícia acredita que a proposta foi usada como armadilha para atraí-la até sua residência.
Marcelo Alves e seu filho, Dhony de Assis, foram denunciados pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) no último dia 23 por fraude processual qualificada e ocultação de cadáver. A Justiça ainda irá decidir se aceita ou não a denúncia. Ambos seguem presos, e a possível participação de Dhony no feminicídio está sob investigação.
Raíssa Suelen Ferreira da Silva era natural da Bahia e tinha 23 anos. Seu desaparecimento comoveu familiares e amigos, que chegaram a fazer campanhas nas redes sociais antes da confissão do crime por parte do acusado.
