domingo, 8 de setembro de 2024

Julgamento de feminicida que matou jovem quilombola é adiado pela quinta vez

Foto: Reprodução

Da Redação

O julgamento de Alexandre Passos Silva Góes, acusado pelo feminicídio da jovem quilombola Elitânia de Souza, foi adiado para o dia 31 de julho, às 9h30, no Fórum Augusto Teixeira de Freitas, em Cachoeira. É a quinta vez que o julgamento é adiado.

Com o adiamento do júri popular, que ocorreria hoje, foi remarcado também o ato organizado pelo Odara – Instituto da Mulher Negra e pela Tamo Juntas – Assessoria Multidisciplinar Gratuita para Mulheres, que convocam ativistas e pessoas sensíveis ao caso para se reunir na frente do fórum para um ato público por justiça para Elitânia e outras mulheres negras vítimas da violência e do feminicídio, que agora acontecerá também no dia 31, às 8h.

A redesignação do júri foi feita por despacho disponibilizado no sistema na noite do último dia 22 de julho, menos de 48 horas antes do julgamento, o que, segundo Letícia, impacta na mobilização de todas as pessoas envolvidas.

No dia 27 de novembro de 2019, a estudante do 7º período do curso de Serviço Social, Elitânia de Souza da Hora, de 25 anos, caminhava para casa acompanhada de uma amiga após ter aulas no campus da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), em Cachoeira, quando foi surpreendida e morta a tiros por Alexandre, que não aceitava o fim do relacionamento.

Elitânia já vinha relatando às pessoas mais próximas sobre as agressões e ameaças que sofria do ex-companheiro, já havia prestado duas queixas contra o mesmo, e estava sob medida protetiva concedida pela Justiça para impedir a aproximação do agressor.

Alexandre será julgado por homicídio duplamente qualificado (feminicídio e por ter sido à traição, emboscada). A expectativa das advogadas Maria Leticia Ferreira e Rosane Muniz, da Tamo Juntas, é que Alexandre seja condenado com todas as qualificadoras.

24 de julho de 2024, 12:53

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