Juliana Marins sobreviveu por até três dias após queda em vulcão na Indonésia, indicam laudos

Da Redação
Juliana Marins pode ter sobrevivido por até três dias após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. A informação consta em laudos das autoridades indonésias e foi confirmada à Polícia Civil do Rio de Janeiro, para onde o corpo foi levado e periciado novamente.
O acidente aconteceu na manhã do dia 21 de junho. Juliana foi vista ainda com vida por drones, sentada em uma fenda a cerca de 200 metros da trilha, movendo as mãos. Tentativas de resgate foram feitas, mas ela foi vista sucessivamente em pontos mais baixos ao longo dos dias seguintes. Um drone a localizou ainda em 23 de junho, já sem sinais de movimento, a 400 metros da base. O corpo foi encontrado à noite no dia 24, a 600 metros da trilha, e resgatado no dia 25 por voluntários.
De acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML) do Rio, com base nos dados da polícia indonésia, Juliana teria morrido entre 1h15 do dia 23 e 1h15 do dia 24 de junho — ou seja, dois a três dias após o acidente.
A perícia indica que a causa da morte foi hemorragia interna provocada por politraumatismo e lesões em órgãos internos, compatíveis com impacto de alta energia, como uma queda de grande altura. O laudo aponta que, após essa provável segunda queda mais grave, Juliana teria sobrevivido por no máximo 15 a 20 minutos.
O perito forense Bagus Alit, em coletiva na Indonésia, afirmou que o horário exato da morte não pôde ser determinado com precisão. No Brasil, os peritos também enfrentaram dificuldades devido ao estado avançado de decomposição do corpo.
A família da jovem busca agora respostas sobre as circunstâncias do acidente e eventuais falhas no resgate, uma vez que ela foi localizada viva, mas não conseguiu ser salva a tempo.