quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Mais da metade das armas de CACs na Bahia são de uso restrito, revela Polícia Federal 

Foto: Divulgação

Da redação

Mais de 50% das armas registradas para caçadores, atiradores desportivos e colecionadores (CACs) na Bahia são de uso restrito, com maior potencial destrutivo, segundo dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal (PF). Atualmente, 23.267 pessoas no estado, incluindo autoridades, possuem autorização para utilizar essas armas, enquanto 17.239 armas de uso permitido estão registradas para CACs.

Entre as armas de uso restrito em circulação na Bahia, destacam-se 19.476 pistolas, 1.709 carabinas, 1.425 revólveres e 633 espingardas. Além disso, há registros de armamentos de maior poder de fogo, como 15 metralhadoras, uma submetralhadora e até um canhão, exclusivos para colecionadores, conforme informações da PF.
Flexibilização e aumento de registros

Dados do Sinarm mostram que, entre 2018 e 2022, o número de certificados de registro para CACs na Bahia cresceu mais de 14 vezes, saltando de 828 para 11.786. No entanto, com a mudança na legislação promovida pelo governo Lula, a emissão de novos certificados caiu drasticamente, registrando apenas 82 em 2023.
Transição de controle

Desde 2025, a Polícia Federal assumiu a fiscalização e o controle de armas de CACs, antes sob responsabilidade do Exército Brasileiro. A transição incluiu a integração das bases de dados, mas informações sobre o ano de aquisição das armas ainda não estão disponíveis no sistema. A mudança reflete esforços para reforçar a regulamentação e a fiscalização, especialmente após o aumento expressivo de armas em circulação nos últimos anos.

A PF segue monitorando o uso dessas armas, enquanto especialistas alertam para os desafios de segurança pública decorrentes da grande quantidade de armamentos restritos em mãos de civis. A nova política busca equilibrar o acesso legal com medidas de controle mais rigorosas.

03 de setembro de 2025, 08:00

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