sábado, 27 de julho de 2024

Mesmo esvaziada, Mudança do Garcia mantém tradição de mais de 90 anos e leva protestos para o Carnaval

Foto: Divulgação

Da Redação

Segunda-feira de Carnaval é sinônimo de Mudança do Garcia em Salvador. O bloco, um dos mais antigos da cidade, vem sendo realizado há 98 anos, com a tradição viva de levar samba e protesto para a avenida. No entanto, o que se viu hoje foi uma ‘Mudança’ esvaziada.

A concentração começou às 10h e o bloco passou pela passarela de Imprensa apenas às 12h30, com pouca gente, e poucos dos tradicionais cartazes de protesto.

A passagem do bloco foi marcada por mensagens de apoio ao presidente Lula (PT) e ironias ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nomes como Geraldo Júnior, Olívia Santana e Hilton Coelho marcaram presença.

A história do surgimento do bloco tem duas versões, de acordo com Rodney Martins, coordenador geral da Mudança do Garcia. A mais popular é sobre a história de uma prostituta que foi expulsa do bairro e precisou se mudar na segunda-feira de Carnaval.

“Aí foi uma carroça puxando as coisas dela e os meninos fazendo ‘vai e volta’ atrás e aí surgiu a Mudança no Brasil. A outra história é que foi originada de outros blocos que tinham na época, tinha um chamado ‘Arranca Turco’ e uns outros”, contou Rodney.

O Garcia é um dos mais antigos e tradicionais bairros da capital baiana, fica localizado no Centro da cidade, ao lado de um dos circuitos oficiais do Carnaval, o Circuito Osmar (Campo Grande).

Entrar no Campo Grande na marra

A Mudança do Garcia tradicionalmente sai do fim de linha do bairro até chegar no circuito Osmar. Porém, segundo o coordenador geral do bloco, nem sempre foi fácil seguir o trajeto para o Campo Grande.

“A polícia não deixava, tinha aquele embate sempre, era uma tradição. Entrar no Campo Grande na raça, na marra, tinha briga e etc. Então, hoje nós conseguimos flexibilizar com a gestão pública”, contou.

 

12 de fevereiro de 2024, 22:22

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