Morre o jornalista e escritor baiano João Carlos Teixeira Gomes

Da Redação
Morreu ontem (18), aos 84 anos, o jornalista e escritor baiano João Carlos Teixeira Gomes, o Joca, como era conhecido. Ele estava internado no Hospital da Bahia. O corpo será cremado hoje (19) no cemitério Bosque da Paz em cerimônia restrita.
João Carlos fez parte da Geração Mapa, ao lado de nomes como o do cineasta Glauber Rocha, do pintor Calasans Neto, do escritor João Ubaldo Ribeiro e do jornalista Florisvaldo Mattos, entre outros.
Ele é autor do livro “Glauber, Esse Vulcão”, considerada a mais completa biografia do cineasta baiano. Publicou ainda títulos como “Gregório de Mattos, o Boca de Brasa”, “Camões Contestador e Outros Ensaios”, além de colaborar com os livros “Dezoito Contistas Baianos”, “Da Ideologia do Pessimismo à Ideologia da Esperança” e “A Obsessão Barroca da Morte de Manuel Bernardes e Quevedo”.
João Carlos tem também três livros de poesia: “Ciclo Imaginário”, “O Domador de Gafanhotos” e “A Esfinge Contemplada”.
Sua atuação como jornalista conta com passagens no Jornal da Bahia, entre 1958 e 1977, e também no A Tarde, Foi ainda secretário de Comunicação do governo Waldir Pires, nos anos 80, e diretor do Centro de Estudos Baianos da Universidade Federal da Bahia.
Na capa do jornal A Tarde de hoje, uma homenagem por meio dos próprios versos do escritor:
Minha única certeza
é minha morte.
Virá festiva,
Com pendões vermelhos,
Provocadora, com seu riso forte
Mas me verá de pé,
Não de Joelhos
Sereno hei de esperá-la em meio reduto
E assim ao ver-me
Sem sinal de pânico,
A própria morte
Se porá de luto