Mulher sobrevive a seita radical que a obrigou a casar aos 3 anos de idade com homem de 67

Da Redação

Uma história macabra, que tem o Brasil no roteiro, não terminou numa tragédia maior, mas deixa marcas até hoje na vida de uma mulher. Serena Kelley conseguiu escapar de uma seita nos Estados Unidos e revelou ao jornal The Sun as penúrias que experimentou em um grupo radical religioso. Tudo começa ainda na sua infância, quando ela se casou, com apenas três anos, com um homem de 67.

Segundo o The Sun, a memória de Kelley ainda continua com certa clareza após os diferentes tipos de choques emocionais que experimentou no culto Filhos de Deus, também conhecido como A Família Internacional. A seita, liderada por David Berg desde 1968, foi ao longo das últimas duas décadas do século XX acusada por diferentes tribunais de pedofilia e abuso de poder. Foi nesse contexto que a mulher que atualmente tem 41 anos foi criada.

Os pais de Serena, Alfred e Sara, já faziam parte do movimento antes mesmo do seu nascimento.  Ao The Sun, ela explicou que, quando tinha 3 anos de idade, sua mãe a entregou como esposa-criança ao líder da comunidade, que estava no complexo principal das Filipinas.

Era 1983 quando ela nasceu. Como seus pais eram próximos a Berg, o homem se encarregou de escolher seu nome e o futuro que teria.

Segundo relatou, os abusos que sofreu por parte de Berg começaram quando tinha dois anos. Outros homens também a agrediam sem que ninguém interviesse.

Quando completou quatro anos, o líder a enviou juntamente com sua mãe e irmã para uma comuna no Japão, onde ela se separou de sua família e foi colocada sob os cuidados de um homem e uma mulher que não apenas a abusavam, mas também a agrediam.

Além disso, ela tomou consciência de outros maus-tratos que as crianças sofriam para formar o Exército de Deus. Serena relatou que, quando tinha seis anos, se mudou, com a mãe e a irmã para uma comuna no Brasil e nunca mais os viu.

Apesar disso, ela continuou em meio ao terror. Segundo o The Sun, Serena foi preparada para formar a milícia que serviria para a chegada do apocalipse. Além disso, a enviavam para pedir dinheiro como mendiga nas ruas, enquanto sua mãe ocupava um cargo de poder na comuna carioca.

Berg morreu quando Serena tinha 11 anos e nuca pagou  pelas acusações de abuso sexual contra menores.