sexta-feira, 17 de maio de 2024

Novo Indiana Jones estreia nesta quinta-feira mantendo toque brasileiro na cabeça do famoso arqueólogo

Foto: Divulgação

Da Redação

Com 80 anos de idade, o astro Harrison Ford encarna novamente o personagem Indiana Jones no quinto filme da franquia. “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” estreia nesta quinta-feira (29) nos cinemas brasileiros mantendo o toque brasileiro na cabeça do famoso arqueólogo inimigo dos nazistas.

O chapéu usado por Indiana nos cinco filmes foi criado no Brasil, na cidade paulista de Campinas, como revelou a Folha de S. Paulo. “Veio um fabricante de chapéus dos EUA que trabalhava na maior fábrica da época. Como ele tinha ouvido falar da gente, veio e perguntou se nós conseguíamos fazer um modelo com uma aba um pouco maior, porque ia sair num filme”, revelou Sérgio Cury Zakia, ex-proprietário da fábrica de chapéus Cury. “Para nós foi uma surpresa, mas dissemos que conseguíamos”, emendou.

Essa história começou antes do lançamento, em 1981, de “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida”, ou seja, há mais de 40 anos, quando Harrison Ford tinha a metade da idade de hoje. A fábrica brasileira produziu cerca de 6.000 chapéus, conhecidos como carapuças, que foram posteriormente enviados para os Estados Unidos, onde receberam o acabamento final. “Depois tentamos colocar o nome Indiana Jones, mas ele não deixou. Disse que tinha que pagar um dinheirão. Então nós chamamos de modelo Indiana Jones. Aí podia usar”, explicou Zakia.

Julia Zakia, diretora de fotografia e atual proprietária da fábrica, expressou o desejo de criar um minimuseu da chapelaria com as peças, máquinas, moldes, publicidades antigas e fotografias que foram preservadas. “Eu uso alguns chapéus, às vezes. São joias, têm valor comercial, por serem eternos se bem cuidados, e valor afetivo por terem sido feitos na fábrica do meu avô, por muitas mãos de trabalhadores que conheci por nome, que entrei na casa”, disse ela.

Julia é bisneta de José Zakia, que integrava a sociedade da fábrica icônica com Miguel Vicente Cury. Aos 39 anos, ela produziu dois filmes atrelados à história da família e da fábrica. O primeiro é “O chapéu do meu avô”, de 2004, onde retrata a relação com o avô Sérgio, e o segundo é “Planeta fábrica”, de 2019, onde faz uma abordagem analítica com depoimentos de trabalhadores.

29 de junho de 2023, 15:31

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