Operação Barganha: PF apreende R$ 915 mil em investigação sobre desvio de recursos públicos em Ilhéus
Da Redação
A Polícia Federal apreendeu R$ 915.990,00 durante a Operação Barganha, realizada nesta quinta-feira (26), que investiga um esquema de pagamento de propina para que agentes públicos beneficiassem algumas empresas com contratos na prefeitura de Ilhéus.
O prefeito Mário Alexandre (MDB) foi um dos 17 alvos de busca e apreensão cumpridas hoje pela PF. Os agentes realizaram buscas na casa do chefe do executivo municipal e em seu gabinete na prefeitura.
A Operação Barganha indicou a existência de um esquema que favorecia empresas beneficiadas com contratos na gestão municipal. Os acertos entre empresários e agentes públicos eram realizados antes mesmo da realização da licitação e definiam a empresa que seria vencedora.
Além do direcionamento das licitações, também foi identificado um superfaturamento dos serviços em diversos contratos, fraude documental, crime de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Os contratos investigados envolvem valores superiores a R$ 45 milhões. A PF aponta que houve desvios nas áreas de saúde, educação e limpeza urbana.
Ao todo, os agentes cumpriram os mandados em Ilhéus, Itabuna, Salvador, Lauro de Freitas e Vitória da Conquista. A Justiça também autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, além da apreensão de valores.
Na casa de um dos alvos, foram apreendidos R$ 700 mil em espécie. Os outros R$ 215.990,00 foram localizados em outros endereços.
Em nota, a prefeitura de Ilhéus diz que o inquérito segue em sigilo de justiça e diz que “sempre colaborou e continuará colaborando com o que for necessário”.
“É importante destacar que situações como essa contribuem para que os fatos sejam devidamente esclarecidos, reforçando o compromisso da administração com a transparência e a justiça. A Prefeitura de Ilhéus segue firme em sua postura de cooperação com as autoridades, prestando todas as informações que forem requeridas”, acrescenta. “Por fim, a Prefeitura reitera sua confiança nas instituições e no devido processo legal, permanecendo à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários”.