Otto posta foto com ACM de 2002 e acende especulações sobre recados à base de Jerônimo
Da Redação
Em meio a uma semana marcada por recados, alertas e movimentações silenciosas sobre a formação da chapa do governador Jerônimo Rodrigues (PT) para 2026, o senador Otto Alencar (PSD) resolveu movimentar o tabuleiro político da Bahia, ainda que de forma sutil.
Nesta quinta-feira (13), Otto publicou em suas redes sociais uma foto de 2002, no Palácio de Ondina, ao lado de Antônio Carlos Magalhães, o original e à época governador, e do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O texto foi simples, no estilo “tbt”, mas a imagem motivou diversas interpretações e leituras políticas.
“Registro de 2002, no Palácio de Ondina, como governador da Bahia: eu e Márcia (Alencar, esposa) ao lado de ACM, declarando apoio a Lula para presidente”, escreveu o senador, que foi aliado de ACM até a morte do líder carlista.
A lembrança não passou despercebida entre petistas e pessoas próximas ao governador, segundo apurou o Toda Bahia. Em tempos de disputa interna por espaço na chapa e tensão sobre a vaga ao Senado, a foto reacendeu especulações. Houve quem interpretasse o gesto como uma mensagem cifrada: embora tenha se mantido como fiel aliado do PT nos planos nacional e estadual, Otto estaria lembrando que alianças improváveis não são novidade na Bahia.
“Otto poderia perfeitamente reproduzir o cenário de 2002: apoiar Lula nacionalmente e, ao mesmo tempo, subir no palanque de ACM, agora o neto, na Bahia em 2026”, avaliou um parlamentar do próprio PSD. A sigla defende a manutenção do senador pessedista Angelo Coronel na chapa como postulante à reeleição, e não aceita ter a posição ocupada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT).
A publicação ocorre dias depois de o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB) divulgar nas redes sociais um texto destacando a competitividade de ACM Neto e cobrando “menos salto alto e mais unidade” da base governista. O cacique emedebista, que quer a manutenção do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) na chapa, foi bem menos discreto do que Otto no alerta, ou recado.








