quinta-feira, 13 de novembro de 2025

PF investiga ex-nora de Lula por suspeita de intermediar liberação de recursos do MEC para empresa alvo de fraudes

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Da Redação

A Polícia Federal apura indícios de que Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atuou em Brasília para favorecer a empresa Life Tecnologia Educacional, investigada por suspeita de fraudes em licitações e desvios de recursos públicos do Ministério da Educação (MEC). A operação, batizada de Coffee Break, foi autorizada pela 1ª Vara Federal de Campinas, que também determinou a apreensão do passaporte de Carla e do empresário Kalil Bittar, ex-sócio de um dos filhos de Lula.

Segundo a PF, a empresa recebeu cerca de R$ 70 milhões de prefeituras paulistas por meio de contratos superfaturados, e parte dos valores teria sido desviada. A investigação aponta que o dono da Life, André Mariano, contratou Carla e Kalil para obter vantagens junto ao governo federal e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Mensagens e anotações apreendidas indicam que Carla teria viajado a Brasília, com despesas pagas pelo empresário, para defender seus interesses.

Os investigadores afirmam ainda que Kalil Bittar recebia uma “mesada” de Mariano em troca de influência em órgãos federais após a eleição de Lula em 2022. A defesa de Carla Ariane informou que só se manifestará após ter acesso ao processo. O MEC, o Palácio do Planalto e os demais citados não se pronunciaram até o momento. Com informações do Estadão.

12 de novembro de 2025, 22:30

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