Polícia Civil da Bahia cria grupo de trabalho para padronizar processos investigativos
Da Redação
A Polícia Civil da Bahia instituiu, por meio de portaria, um Grupo de Trabalho (GT) para desenvolver um “Modelo Integrado de Processos Investigativos”. O objetivo é padronizar os procedimentos adotados nas investigações criminais em todo o estado, promovendo mais eficiência, uniformidade e melhores resultados na área de segurança pública.
De acordo com a corporação, a iniciativa busca estabelecer diretrizes compatíveis com os preceitos legais, técnicos e operacionais vigentes, respeitando ainda critérios econômicos e administrativos. A proposta é também institucionalizar a expertise técnica existente entre os profissionais da PC-BA e promover maior colaboração entre os setores operacionais e administrativos.
Segundo o delegado-geral da PC-BA, André Viana, a criação do GT é uma medida estratégica. “A iniciativa contribui diretamente para o aprimoramento da atividade investigativa, alinhando-a aos pilares da gestão atual”, afirmou.
Estrutura e composição do grupo
O grupo será coordenado pelo delegado Moisés Damasceno, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DEPOM). Também integram a equipe a delegada Ilma Leonor Magarão Paiva, coordenadora-geral do Escritório de Gestão de Projetos e Processos da PC-BA (EGPP), e a escrivã Kristianne Moscovits, coordenadora de Processos do EGPP.
A composição inclui ainda uma equipe robusta de investigadores de polícia de diferentes unidades da capital e da região metropolitana, como as delegacias territoriais dos bairros de Periperi, Barris, Rio Vermelho, Boca do Rio, Itapuã, Tancredo Neves, além dos municípios de Camaçari, Lauro de Freitas, São Sebastião do Passé e Pojuca.
O grupo terá a prerrogativa de convidar servidores de outras unidades da Polícia Civil ou de órgãos da administração estadual para colaborar com os trabalhos, conforme as demandas técnicas identificadas.
Atribuições e metas
Entre as principais atribuições do GT estão:
- Desenvolver um modelo padronizado de investigação, incluindo processos criminais, administrativos e judiciais;
- Sugerir a aquisição ou o desenvolvimento de sistemas informatizados para a gestão de dados investigativos;
- Avaliar tecnologias capazes de identificar padrões, conexões e elementos relevantes para a resolução de crimes;
- Propor a aquisição de equipamentos e armamentos que auxiliem na atividade investigativa.
O grupo também será responsável por mapear as necessidades operacionais das delegacias, considerando as diferentes realidades das áreas urbanas e rurais da Bahia, e desenvolver modelos de atuação adaptáveis às especificidades regionais.
A proposta final deverá ser apresentada em até 60 dias após a publicação da portaria, com possibilidade de prorrogação por igual período mediante justificativa formal. A participação no grupo é considerada de relevante interesse público e não implicará em prejuízo das funções regulares dos servidores.
