Polícia investiga assassinato da vereadora do PT no interior do Rio Grande do Sul

Da Redação

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga o assassinato da vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT), de 49 anos, cujo corpo foi encontrado na manhã desta terça-feira (17), com múltiplos golpes de faca, em uma estrada de terra no município de Formigueiro, na região central do estado. Em seu primeiro mandato, iniciado em 2024, Elisane era a única mulher eleita para a Câmara Municipal.

De acordo com informações da Polícia Civil, o corpo da parlamentar foi localizado ao lado de seu carro, com ferimentos na região do tronco e um corte profundo no pescoço. Havia vestígios de sangue no banco e no para-brisa do veículo. A principal linha de investigação aponta que Elisane pode ter sido atraída ao local por pessoas conhecidas. A hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) foi inicialmente descartada, já que os pertences da vítima permaneciam dentro do automóvel.

Até o fim da noite de terça-feira, não havia suspeitos identificados nem uma motivação confirmada para o crime. Na noite anterior ao assassinato, Elisane havia participado normalmente de uma sessão na Câmara Municipal.

Técnica de enfermagem e auxiliar de análises clínicas, Elisane era conhecida em Formigueiro por sua atuação na saúde pública, na defesa de direitos sociais e na representação da comunidade quilombola. Em março deste ano, ela foi uma das homenageadas pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul com o prêmio Mulheres de Luta 2025, em reconhecimento ao seu engajamento político e social.

A Bancada do PT na Câmara dos Deputados manifestou pesar e solidariedade aos familiares da vereadora por meio de uma nota publicada nas redes sociais. “Elisane era a única mulher eleita na Câmara Municipal de Formigueiro, uma voz firme e comprometida com a defesa dos direitos sociais, da causa quilombola, da saúde pública, da justiça social e do diálogo”, diz o texto.

A nota também destacou sua trajetória profissional na área da saúde: “Atuava no hospital local com o mesmo cuidado com que se dedicava à política: com escuta, ação e coragem. Sua morte não pode ser naturalizada. Elisane presente, hoje e sempre.”