quarta-feira, 12 de março de 2025

Polícia mira empresa de cannabis medicinal e investiga tráfico de drogas

Foto: Reprodução/Google Street View

Da Redação

A Polícia Civil investiga uma empresa que tem autorização para vender cannabis para fins medicinais. Ontem, uma operação prendeu um dos investigados envolvidos no esquema.

De acordo com informações do Correio, delegado Guilherme Machado revelou que a substância foi encontrada em cigarros eletrônicos e até potes de geleia em um prédio localizado no Corredor da Vitória, área nobre da capital baiana.

“O investigado tinha uma autorização, uma empresa, que tinha o viés de fornecer a solução de cannabis em líquido para pacientes que sofrem determinado tipo de patologia. Ocorre que, essa autorização, foi extrapolada, segundo as investigações”, explica o delegado.

Guilherme Machado não confirmou se médicos ou outros profissionais de saúde são alvo da investigação, mas há suspeita de envolvimento de um renomado infectologista no esquema.

“A autorização não é para poder se comercializar canetas e vape. A Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] não autorização a comercialização de níveis elevados de THC […] Existem indícios de comércio ilegal de entorpecentes através desse tipo de material, em refils e canetas”, completa Guilherme Machado.

Tetrahidrocanabinol (THC) é a principal substância psicoactiva encontrada nas plantas do gênero cannabis. A Anvisa autorizou a importação de produtos derivados de cannabis para fins medicinais por meio de prescrição médica em 2015. Diversos estudos comprovam que a maconha medicinal auxilia no tratamento de doenças como epilepsia e esclerose múltipla.

O alvo principal da operação era Vitor Lobo. O suspeito, que teve mandado de prisão cumprido no prédio em que mora no Corredor da Vitória na manhã de segunda-feira (10), foi preso por agentes do Departamento Especializado de Repressão ao Narcotráfico (Denarc).

Ainda de acordo com o Correio, uma fonte policial informou que Vitor tentava mascarar as ações criminosas. O suspeito chegou a ser presidente da Associação de Apoio ao Tratamento com Canabinoides (AATAMED). “Ele fez e faz parte de grupos que defendem o uso da cannabis, a maconha, para uso medicinal em Salvador. Então, ele se valia disso para agir de maneira criminosa com a venda dessa maconha liquida”, afirma o policial, que terá o nome e função preservados.

 

11 de março de 2025, 08:30

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