‘Precisamos continuar firmes na luta’, diz Ireuda Silva no Novembro Negro
Da Redação
A vice-presidente da Comissão de Reparação da Câmara Municipal de Salvador, vereadora Ireuda Silva (Republicanos), destacou a importância do Novembro Negro como um período de reflexão, mobilização e conscientização sobre a luta do povo negro por igualdade de oportunidades, respeito e justiça social.
Segundo Ireuda, o mês é um marco na agenda de políticas públicas voltadas à reparação histórica e ao combate ao racismo estrutural. “Ainda enfrentamos profundas desigualdades no acesso à educação, ao emprego, à saúde e à representação política. Precisamos continuar firmes nessa luta”, afirmou.
Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que pessoas negras representam 56% da população brasileira, mas continuam sendo as mais afetadas pela pobreza: mais de 70% dos que vivem abaixo da linha da miséria são pretos ou pardos. No mercado de trabalho, a diferença também é evidente — em média, trabalhadores negros recebem 40% a menos do que brancos, mesmo exercendo as mesmas funções.
A vereadora ressaltou que, em Salvador — cidade mais negra fora da África —, a pauta da igualdade racial precisa ser permanente e articulada com todas as áreas da gestão pública. “Não basta termos uma maioria negra se o poder e as oportunidades continuam concentrados nas mãos de poucos. Precisamos garantir educação antirracista, valorização das nossas matrizes culturais e políticas afirmativas que incluam o povo negro nos espaços de decisão”, declarou.
Ireuda lembrou ainda que sua atuação na Câmara tem sido marcada pela defesa da reparação e da valorização da identidade afro-brasileira. Além de integrar a Comissão de Reparação, ela é autora de projetos que promovem o combate ao racismo em diferentes áreas, como o Dia Municipal de Combate ao Racismo no Esporte e iniciativas de capacitação e inclusão profissional para mulheres negras. Além disso, Ireuda é autora da inclusão das transitas na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) e da regulamentação da profissão.
“Novembro é um símbolo, mas a luta é diária. É todos os dias que precisamos reafirmar nosso compromisso com a dignidade, a liberdade e a justiça para o povo negro. Só com consciência e ação coletiva poderemos construir uma Salvador verdadeiramente igualitária”, concluiu a parlamentar.








