Presidente da Assembleia diz que deputados do Conselho de Ética tiveram “medo” de agir contra Binho Galinha
Da Redação
Em uma declaração polêmica, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adolfo Menezes (PSD), afirmou nesta terça-feira (03) que os integrantes do Conselho de Ética da Casa não instauraram processo para apurar as acusações da Polícia Federal e do Ministério Público contra o deputado Binho Galinha por “medo de represálias”. Binho é acusado de liderar um grupo miliciano em Feira de Santana, mas nunca chegou a ser preso, ao contrário de familiares e pessoas próximas do parlamentar.
“Cabe ao presidente solicitar aos lideres nomear o Conselho de Ética. Eu fiz isso e os líderes nomearam os deputados do conselho, a duras penas. Mas sabemos da gravidade do problema. E os membros não agiram por medo de represália. Ficaram reféns disso aí”, disse Adolfo, que também responsabilizou o Congresso Nacional.
“O que eu penso é mais pesado, irresponsabilidade do Congresso Nacional. No intuito de tornar a palavra do parlamentar inviolável, eles botam tudo no mesmo bolo. Claro que uma ofensa, uma agressão, um empurrão não se justifica. O que eu digo é que o que o Congresso quando eles querem votar, eles votam de hoje para a manhã. Não tem nada a ver com o mandato (o caso de Binho Galinha). Isso é crime, tem que ir para a cadeia direto. No intuito de preservar a palavra, a imunidade parlamentar, o cara bota todo tipo de crime”, acrescentou.
O Conselho de Ética da Assembleia é presidido pelo deputado Vitor Bonfim (PV). As declarações de Adolfo foram dadas durante o tradicional almoço de final de ano com a imprensa, realizado hoje no Salão Nobre da Casa.