quinta-feira, 2 de maio de 2024

Rapidinhas: A investida do Galego, Coronel presidente e o coração de Jerônimo

Foto: Reprodução

Davi Lemos

A investida do Galego contra Elmar
O senador Jaques Wagner (PT) mantém os esforços para minar a influência do deputado federal Elmar Nascimento na Codevasf. O petista entende que o retorno dado pelo apoio do União Brasil chega a ser pífio diante do retorno esperado nas votações na Câmara. Segundo cálculos realistas, o União só entregaria, no máximo, 30% dos votos, o que daria 10% por ministério ocupado. Pelo mesma quantidade de votos, avalia o petista, partidos como PSB e PDT poderiam ter maior espaço.

A bocada do PSD
Enquanto o senador petista trabalha para retirar Elmar, o PSD trabalha para ter maior espaço na gestão federal na Bahia. Está sob os olhos dos pessedistas a Superintendência de Patrimînio da União (SPU). Quem também vem trabalhando para obter mais espaço é o senador Angelo Coronel, que está muito próximo de conseguir o controle do DNOCS, órgão importantíssimo principalmente em períodos eleitorais que, no Brasil, nunca passam.

Waldemir Barreto/Agência Senado

Mudança de patente
Por falar em Coronel, fontes do governo apontam que o senador baiano tem articulado forte para ser o nome do PSD para ser o próximo presidente do Senado. No partido, ele é considerado favorito para ser apoiado tanto pelo partido quanto por Rodrigo Pacheco, atual presidente. Quem não vê com bons olhos essa possível ascensão na patente do correligionário é Otto Alencar, que deseja ver o herdeiro, Otto Filho, como sucessor de sua cadeira no Senado nas eleições de 2026. Se Coronel for presidente do Senado, não vai se aposentar como já disse e tentará mais oito anos.

Diferenças
As diferenças de estilo entre Jerônimo Rodrigues e Rui Costa continuam a ser ressaltadas pelos observadores governistas. Em conversa com esta coluna, um integrante da base diz que Jerônimo “levou para o coração” a figura dos prefeitos que não o apoiaram na eleição em que ele entrou como vitorioso e saiu morador do Palácio de Ondina. “Rui levava os prefeitos no seu carro durante os eventos nas cidades. Jerônimo não leva não; só os aliados. Foi assim em Valente e em Jaguaribe. Aliás, Rui só não levava Zé Cocá depois do rompimento, mas ali foi coisa pessoal”, comentou um governista.

Mau agouro
Petistas interpretaram como um xeque-mate nas pretensões do ministro Rui Costa a declaração do presidente Lula que o classificou como “Dilma [Rousseff] de calças”. “Ao compará-lo com a ex-presidente, Lula o anunciou como candidato ao Senado pela Bahia em 2026”, brincou um petista paulista ao associar a Rui a falta de habilidade da ex-presidente com deputados e senadores. Rui, o ministro ‘todo-poderoso’ do governo, ainda pretende ser o sucessor de Lula e disputar a Presidência da República em 2026.

DR com Lupi
O ministro Rui Costa também vai precisar ter uma boa “DR” (discutir a relação) com o ministro da Previdência Carlos Lupi. O pedetista foi o responsável pela redução do teto dos juros sobre empréstimos consignados de aposentados e pensionistas aprovado no CNPS. Agora que mais de oito bancos cancelaram os consignados, inclusive os bancos federais Caixa e Banco do Brasil, Rui e Lupi vão ter que encontrar uma solução. Aposentado sem acesso a consignado pode representar prejuízo em 2023 e em 2024.

Muniz, o sedutor
O PL na Bahia, sob a direção do ex-deputado João Roma, segue mirando em nomes fortes para a disputa eleitoral do ano que vem e também para, consequentemente, aumentar as bancadas federal – hoje com 3 nomes – e a estadual – atualmente com 4. Em Salvador, os liberais querem o presidente da Câmara Municipal, Carlos Muniz (PTB), que herdou o comando da Casa após a eleição de Geraldo Júnior (MDB) vice-governador, mas, desfilando charme, expõe-se aos convites do citado PL, e também do próprio MDB de Geraldinho e ao PP dos Leões.

Pudim de cachaça
Com nova dieta devido à intolerância circunstancial à lactose, o presidente Lula anunciou que o almoço com a cúpula da Marinha na quinta-feira (23), só terá carnes e peixe e também saladas (estas a pedido de Janja) como pratos principais. Mas, apesar da intolerância, o petista sugeriu pudim e sorvete para sobremesa. Também distante do álcool, Lula, ainda assim, recomendou duas cachaças caso resolva ‘tomar uma’ com os militares: a Ypióca 160 anos e a Pitú Vitoriosa. Um bem-humorado aliado baiano brincou, quando leu matéria com a divulgação do cardápio: “não pode reclamar se o chamarem de ‘pudim de cachaça'”.

20 de março de 2023, 18:20

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