segunda-feira, 12 de maio de 2025

Rapidinhas: Jerônimo já negocia novos partidos para prefeitos de Neto, o destino de Marcinho, a fé de Roma e a solução caseira em Itabuna

Foto: Divulgação

Da Redação

Adesão do oeste

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) segue atuando para atrair prefeitos da oposição, inclusive do União Brasil, partido de ACM Neto. Nesta segunda (17), selou o apoio do de Santa Maria da Vitória, Tonho de Zé de Agdônio, até então aliado do líder da oposição baiana. O gestor também conversou com o secretário de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, sobre o futuro partidário. Em breve, ele deve ingressar em uma legenda da base governista – ou que esteja negociando a adesão integral ao Palácio de Ondina, a exemplo do PP e do PDT.

Refazendo as contas

Resta saber se Tonho de Zé vai, ao migrar para o governo, manter o compromisso de apoiar o deputado estadual Manuel Rocha (União) e o ex-prefeito de Camaçari Antonio Elinaldo (União) nas eleições para a Câmara Federal e a Assembleia Legislativa, respectivamente. Os rumores é de que o segundo deve ficar a ver navios. Vale frisar que, em troca da parceria em Camaçari, Manuel assegurou musculatura política a Elinaldo na região oeste, e Santa Maria da Vitória está na conta.

Trocando de barco

Outros quatro prefeitos do União Brasil já se reuniram com Jerônimo e estão a um passo de deixar a oposição e mudar para a base do governo: o de Teixeira de Freitas, Marcelo Belitardo; o de Sítio do Mato, Alfredinho Magalhães; o de Cairu, Hildécio Meireles; e o de Buerarema, Gel da Farmácia. As articulações são conduzidas por Adolpho Loyola e por deputados federais e estaduais.

Ponte com Madeirol

Outro prefeito do União Brasil negocia o ingresso na base de Jerônimo é o de Conde, Anísio Madeirol, que tem o PT como adversário local e é muito próximo do deputado federal Paulo Azi, atual presidente da legenda de ACM Neto na Bahia. Quem tem feito a articulação é o prefeito de Alagoinhas, Joaquim Neto (PSD). Madeirol, no entanto, ainda não esteve com o governador.

Ao Avante e além

Outro que deve deixar o União Brasil antes das eleições do ano que vem é o deputado estadual Marcinho Oliveira. Ele está cada vez mais próximo do governo. Na semana passada, foi recebido mais uma vez em audiência por Adolpho Loyola, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Na base do governo, Marcinho já é tratado como aliado. A tendência é que o parlamentar se mude para o Avante com o aval do deputado federal Elmar Nascimento (União), a quem se diz liderado.

Fé no apoio

Presidente do PL baiano, o ex-ministro João Roma não demonstra preocupação com a possível adesão do prefeito de Cruz das Almas, Ednaldo Ribeiro (Republicanos), à base do governador. Disse a aliados que se a mudança de lado acontecer, ainda terá o apoio do gestor para ser candidato a deputado federal em 2026. O dirigente já admitiu a lideranças que vai concorrer a uma cadeira na Câmara no lugar da esposa, a atual deputada Roberta Roma (PL). E o único prefeito ligado a ele é justamente Ednaldo.

Ironia do destino

Aliás, por coincidência ou não, quem tem articulado para que Ednaldo Ribeiro ingresse na base de Jerônimo e o deputado estadual Vitor Azevedo, que integra a ala governista do PL baiano. O parlamentar costumava ser unha e carne com Roma, e era um dos articuladores políticos do ex-ministro antes de conquistar uma cadeira na Assembleia. Antes, garantia votos ao correligionário. Hoje, tira.

Solução caseira

Prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD) pretende lançar a esposa, Andréa Castro, como candidata a deputada estadual em 2026. Ele até já avisou ao governador sobre a decisão, durante uma agenda de Jerônimo no município na semana passada. Repete o exemplo do ex-prefeito da vizinha Ilhéus, Mário Alexandre (PSD), que conseguiu eleger a companheira, Soane Galvão (PSB), para uma cadeira na Assembleia. Vale lembrar que Augusto já foi deputado estadual.

Temor petista

O deputado Marquinho Viana (PV) desistiu de disputar a primeira vice-presidência da Assembleia, que ficou vago quando a deputada Ivana Bastos (PSD) se tornou a nova chefe do Poder. Em discurso no plenário da Casa, nesta terça (18), ele afirmou que irá se contentar com o posto de segundo vice, que ocupa atualmente. Com isso, abriu caminho para a deputada Fátima Nunes (PT) substituir Ivana. Ainda há dúvidas, no entanto, se essa substituição se dará por meio de uma nova eleição ou de forma direta. O temor do PT é que Fátima possa não ter os votos necessários para ser eleita.

Eleitores filiados

O PT da Bahia ganhou pouco mais de 26,4 mil novos filiados aptos a votar nas eleições internas do partido, que ocorrem no dia 6 de julho. Com isso, serão quase 193 mil eleitores petistas apenas no Estado. No Brasil inteiro, o número chega a mais de 2,9 milhões. O atual presidente da legenda em solo baiano, Éden Valadares, já anunciou que não irá disputar a reeleição. Se decidir ser candidato, o nome mais forte é o do ex-presidente da sigla Everaldo Anunciação.

18 de março de 2025, 15:36

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