segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Rapidinhas: O apoio de Jerônimo a Adolfo, a UPB e a eleição de 2026, o “namoro” de Marabá com Loyola e Roma mira Saltur

Foto: Divulgação

Da redação

 

Aliado fiel

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) já deixou claro para a base aliada a Assembleia que apoia a reeleição do presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD). Aliás, essa posição foi decisiva para que a bancada petista anunciasse, na semana passada, apoio à recondução do aliado. Na avaliação do morador do Palácio de Ondina, Adolfo não dá trabalho, na medida em que é um presidente discreto e que não tem o costume de pressionar o Executivo. Tanto que nunca indicou dirigentes para o primeiro ou segundo escalões do governo.

Faca no pescoço

Além de não ter surgido um sucessor natural para Adolfo, que já tem o apoio de pelo menos 60 parlamentares no projeto da reeleição, Jerônimo teme que um novo presidente possa ter um perfil diferente, do tipo que “coloca a faca no pescoço” do governador, como o ex-presidente da Casa por dez anos, o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos), fazia quando Rui Costa (PT), atual ministro da Casa Civil, era o governador. Nilo emplacou até conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE) – o hoje presidente da Corte, Marcus Presídio.

Substituo imediato

Quem tem se articulado bem para ser o primeiro vice-presidente da Assembleia é o deputado Niltinho (PP). Além de contar com o aval de Adolfo, ele tem a simpatia de boa parte dos parlamentares da Casa. O posto é cobiçado porque, na avaliação de muitos deputados, o Supremo Tribunal Federal (STF) não vai permitir que Adolfo seja presidente por muito tempo se for reeleito, por conta de decisões anteriores que já impediram recondução numa mesma legislatura. Vale lembrar, no entanto, que, no caso de impedimento, o vice tem que convocar uma nova eleição em até 30 dias. É praxe!

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Padrinhos fortes

A disputa pela presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB) também envolve padrinhos políticos de peso, alguns de olho em 2026. É o caso do ex-presidente da entidade e prefeito reeleito de Jequié, Zé Cocá (PP), que lançou o prefeito reeleito de Andaraí, Wilson Andrade (PSB), de quem é próximo. O pepista não esconde de ninguém o desejo de ser convidado para integrar a chapa majoritária na próxima eleição. Cocá é aliado de ACM Neto (União), a quem apoiou em 2022, e tem feito críticas contundentes a Jerônimo.

Largou na frente

Quem também tem padrinhos fortes na disputa pela presidência da UPB é o prefeito reeleito de Ituaçu, Phellipe Brito (PSD), visto como favorito na disputa. Um deles é Lucas Reis (PT), chefe de Gabinete do senador Jaques Wagner (PT) e candidato a deputado federal em 2026. Outro é o senador Otto Alencar (PSD). Visto com alguém que pode renovar a entidade municipalista, Phellipe largou na frente e já tem o apoio de mais de 160 gestores municipais, de diversos partidos.

“Namoro” com o PT

Prefeito reeleito de Luís Eduardo Magalhães, Júnior Marabá (PP) tem feito elogios públicos ao chefe de Gabinete do governador, Adolpho Loyola (PT). Na semana passada, durante uma visita à UPB, afirmou estar surpreendido com o atendimento do petista. Entretanto, daí a se posicionar a favor da adesão total do PP à base de Jerônimo é outra história, mas ele garantiu a correligionários que vai seguir a maioria do partido, mesmo comandando um dos dois municípios baianos em que Jair Bolsonaro (PL) derrotou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.

Deputado da terra

Prefeito eleito de Juazeiro, o empresário Andrei Gonçalves (MDB) quer que um dos dois deputados estaduais do município – Zó do Sertão (PCdoB) ou Roberto Carlos (PV) – concorra a uma cadeira na Câmara Federal em 2026. Ele já fez o convite aos dois, alegando que a capital do Norte do Estado precisa ter um deputado federal da terra. Quem não gostou da articulação foi o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB), que espera de Andrei o apoio à candidatura do primo e atual presidente da Cerb, Jayme Vieira Lima Filho (MDB), à Câmara.

Olho na Saltur

Presidente do PL na Bahia, João Roma estaria de olho em indicar, na reforma administrativa do prefeito de Salvador, Bruno Reis, o comandante da Saltur. Hoje, o cargo é ocupado por Isaac Edington, ligado ao ex-prefeito ACM Neto (União). Existem especulações de que Edington estaria disposto a, depois de uma década no cargo, a assumir novos desafios na iniciativa privada. Resta saber se Neto vai abrir mão de manter o controle político da autarquia que é responsável por organizar os eventos da cidade, sobretudo o Carnaval e o Réveillon.

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Mesmo espaço

O PP, cujos vereadores reivindicam um espaço no primeiro escalão de Bruno Reis, não deve ganhar um novo espaço no primeiro escalão. A tendência é que o partido mantenha apenas o comando da Secretaria de Governo, capitaneada por Cacá Leão. O vereador Sidninho vinha dizendo aos quatro cantos que o prefeito prometeu o comando de uma pasta a um vereador da legenda, o que não deve ocorrer. Em relação ao PP, o maior compromisso de Bruno é eleger Cacá deputado federal em 2026.

Matheus Lemos

04 de novembro de 2024, 19:30

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