Rapidinhas: O que sobra para João Roma, a vice ideal de ACM Neto, o deadline de Zé Cocá e o calendário do líder

Da Redação

Foco local

Em entrevista a um site nesta de Salvador na segunda (28), o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) cravou que não pretende disputar nenhum cargo nacional. Ou seja, descartou ser vice numa eventual chapa liderada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). “Fico lisonjeado, mas não me divido. Meu projeto está na Bahia”, afirmou. Quem não ficou feliz com a declaração foi o presidente do PL na Bahia, João Roma, que ainda sonha ver Neto numa chapa nacional – e com isso tentar garantir o apoio do líder oposicionista para disputar o governo da Bahia.

Tipo de acordo

Aliás, a cada dia que passa fica mais evidente que o destino do ex-ministro será brigar para garantir uma candidatura ao Senado ou se contentar em concorrer a deputado federal no lugar da esposa, Roberta Roma, da mesma sigla. Pelo tamanho, o PL tem totais condições de reivindicar um espaço na chapa de ACM Neto. Resta saber qual será o tipo de acordo negociado por João Roma. Vale lembrar que em 2024 o PL apoiou a reeleição do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), mas politicamente não ganhou nada em troca. Nem sequer um carguinho relevante de segundo escalão.

Vice ideal

Empossada ontem (28) como nova presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB), Isabela Suarez voltou a ter o nome citado nas rodas de políticos como provável vice de ACM Neto na disputa pelo Palácio de Ondina. Essa articulação é, inclusive, defendida por vários aliados netistas, que consideram Isabela com um perfil diferente do de outra empresária, Ana Coelho, escolhida para o posto em 2022 – no que hoje é apontado como um dos maiores erros estratégicos do ex-prefeito da capital.

Elo de aproximação

“Isabela tem um peso empresarial e político mais significativo do que Ana, não há dúvidas disso. Ela pode agregar muito em ambos os sentidos”, avaliou um deputado próximo de ACM Neto. Esse movimento, se de fato ocorrer, pode contribuir para aproximar o ex-prefeito do presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Muniz (PSDB), que, embora em uma sigla oposicionista, tem dito que ainda não decidiu quem irá apoiar para governador em 2026.

Crítica velada

Apesar de ter indicado o coronel Humberto Sturaro para o comando da corporação neste segundo mandato de Bruno Reis, o deputado federal Capitão Alden (PL) tem feito duras críticas à condução da Guarda Civil Municipal de Salvador. Segundo ele, há uma insatisfação generalizada entre os agentes da instituição, que se queixam de descaso, estrutura precária e falta de armamento.

Zero diálogo

Capitão Alden anda repetindo que não tem relação política alguma com o prefeito Bruno Reis, mesmo após ter brigado para emplacar Sturaro, o que resultou na exoneração de Maurício Lima, quadro ligado ao ex-prefeito ACM Neto. “Relação política pressupõe escuta e troca, e isso não existe”, confidenciou a aliados. No grupo de Bruno Reis e do antecessor, as críticas do deputado bolsonarista foram vistas como meramente eleitoreiras.

Sair do muro

O prefeito de Jequié, Zé Cocá (PP), disse a aliados que vai decidir até dezembro se vai apoiar ACM Neto ou o governador Jerônimo Rodrigues (PT) em 2026. A tendência hoje é que fique com o petista, de quem tem recebido promessas de vultosos investimentos no município e na região. Muito próximo de Cocá, o deputado federal João Leão (PP) ainda aposta que o correligionário fica na oposição, como aconteceu em 2022, quando o gestor acompanhou o partido na saída da base governista.

Erro de calendário

O líder do governo Jerônimo na Assembleia, deputado Rosemberg Pinto (PT), resolveu homenagear Itabuna com um outdoor, mas parece que faltou consultar o calendário. A peça parabeniza os 155 anos da cidade, que, na verdade, completou 115. O detalhe curioso virou piada local e rendeu memes. Um deles apontou que, se depender de Rosemberg, Itabuna envelhece mais rápido do que o previsto.

Certidão garantida

A Prefeitura de Juazeiro conseguiu na Justiça Federal uma decisão que impede o bloqueio de recursos ou a negativa de certidões por pendências fiscais herdadas de gestões anteriores. A medida, obtida por meio de mandado de segurança, garante que o município continue apto a receber transferências e firmar convênios com a União. Na prática, evita prejuízos financeiros e mantém a regularidade administrativa da atual gestão.