domingo, 5 de maio de 2024

Rapidinhas: Os cargos da reforma, a transição de Leão e a viagem inoportuna

Foto: Divulgação

Davi Lemos

Cargos comissionados

Ao falar sobre o desenho do ministério do futuro presidente Lula, o governador da Bahia e próximo chefe da Casa Civil na Esplanada, Rui Costa, defendeu o oposto do que tem pregado o sucessor Jerônimo Rodrigues e o presidente estadual do PT, Éden Valadares. Segundo Rui, apesar do maior número de ministérios, Lula não vai ampliar os cargos de confiança. Já na Bahia, Jerônimo e Éden afirmaram se faz necessária a criação de cerca de 200 funções comissionadas na reforma administrativa para melhorar os serviços públicos.

Foto: Divulgação

De pai para filho

Eleito deputado federal, o vice-governador da Bahia, João Leão (PP), deve ficar com o mesmo gabinete do filho, Cacá Leão (PP), na Câmara, o de número 320. Cacá não disputou a reeleição para ser postulante ao Senado na chapa encabeçada por ACM Neto (União) no pleito deste ano. “Na verdade, foi meu filho que herdou o meu gabinete, que era meu quando eu fui deputado federal. Agora, vai voltar ao ocupante de origem”, brincou o “bonitão”.

Transição

Esse trabalho de retorno ao antigo gabinete foi também uma das justificativas para que João Leão não assumisse interinamente a cadeira de governador durante a ausência do titular Rui Costa (PT). Leão alegou compromissos fora de Salvador e também os trabalhos de transição no gabinete de Cacá Leão. Pelo menos a transição familiar será menos complicada que as verificadas nas de Jerônimo Rodrigues e na de Lula, em Brasília, onde as negociações por cargos fazem os caciques entrarem noite a dentro em infindáveis colóquios.

Pasta para o PSB

Jerônimo havia anunciado que, na semana passada, realizaria três coletivas de imprensa para anunciar nomes para o secretariado que começa a trabalhar com ele a partir de 1º de janeiro. Um dessas vagas ainda não anunciadas é a da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que foi oferecida a Ângelo Almeida (PSB), mas o socialista, segundo fonte desta coluna, resiste. Isso pode acabar emperrando a permanência de Fabíola Mansur na Assembleia que, para alguns petistas, é vista como questão de honra, uma vez que a socialista teria “dado sangue” pela eleição de Jerônimo. O governador eleito tem até sexta-feira (30) para definir os nomes.

Geddel silenciou

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Apesar da forte campanha contra a indicação de Elmar Nascimento (União Brasil) para uma vaga no ministério que está sendo montado pelo presidente eleito Lula, o ex-deputado federal Geddel Vieira Lima (MDB) observou que seus esforços e posts no Instagram não surtiram o efeito esperado. Lula ofereceu o Ministério da Integração Nacional ao União Brasil, que indicou Elmar. O mais irônico nisso tudo é que Elmar deve ocupar justamente o ministério que esteve sob a batuta de Geddel durante o segundo mandato do governo do petista. Após o oferta do cargo ao líder do União Brasil, o emedebista passou a falar de temas frugais como as festividades de final de ano em família.

Pau que dá em Chico …

Com as fortes chuvas que atingem a Bahia neste final de ano, a oposição dirige críticas ao governador Rui Costa. O petista realiza viagem internacional no mesmo dia em que o governador eleito Jerônimo Rodrigues (PT) e o governador em exercício, Adolfo Menezes (PSD), sobrevoaram Jequié, uma das cidades mais atingidas pelas chuvas neste período. Na virada entre 2021 e 2022, quando muitas cidades do extremo sul da Bahia ficaram debaixo d´água, as críticas eram endereçadas ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que tirava férias em Santa Catarina. “Impossível não comparar os momentos. Manter a viagem foi uma decisão inoportuna”, comentou parlamentar governista.

26 de dezembro de 2022, 17:17

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