quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Rapidinhas: Zé Cocá lança amigo de Wagner à UPB, os deputados que só criticam pelas costas e a alternativa do PT para 2030

Foto: Reprodução

Por Alexandre Reis

Candidato de Zé Cocá

O prefeito reeleito de Andaraí, Wilson Cardoso (PSB), revelou à coluna que pode ser candidato à presidência da União dos Municípios da Bahia (UPB) para o biênio 2025/2026 se houver consenso em torno do nome dele. Amigo pessoal do senador Jaques Wagner (PT), a candidatura de Wilson foi lançada pelo prefeito reeleito de Jequié, Zé Cocá (PP), que comandava a entidade antes do atual presidente, Quinho (PSD), gestor de Belo Campo. “Coloco meu nome se houver unidade. Não vou para bate-chapa”, declarou o socialista.

Gentileza e reciprocidade

Vale lembrar que Wilson Cardoso, que já comandou a Federação dos Consórcios Públicos da Bahia e é um quadro municipalista considerado agregador, abriu mão de concorrer contra Quinho na eleição realizada no início de 2023, quando o prefeito de Belo Campo não teve adversários e foi aclamado presidente da UPB. “Fiz aquele gesto em nome da unidade, porque quando tem bate-chapa a entidade fica enfraquecida”, frisou o gestor de Andaraí. A expectativa é se Quinho devolveria a gentileza, declarando apoio ao colega, que atualmente é um dos vice-presidentes da instituição.

Brigas municipalistas

Zé Cocá sabe que, embora seja da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), o prefeito de Andaraí, que já foi ligado ao falecido senador Antonio Carlos Magalhães, vai comprar as brigas municipalista necessárias, mesmo aquelas envolvendo cobranças aos governos federal e estadual. “Wilson Cardoso é a garantia de que a UPB continuará desempenhando o papel suprapartidário de defesa das pautas de interesse dos prefeitos”, pontuou à coluna.

Cabo eleitoral

Vale frisar que Zé Cocá é um cabo eleitoral de peso na disputa pela presidência da UPB. Além da reeleição em Jequié com a maior frente percentual do país, ele também emplacou aliados em 17 prefeituras da região. Isso sem falar que, mesmo hoje no campo de oposição governo Jerônimo Rodrigues (PT), exerce influência sobre cerca de outros 30 gestores municipais, se tornando um “player” importante para a eleição de 2026. Já Wilson Cardoso é presidente da Consórcio Chapada Forte, que engrossa esse caldo de Cocá reunindo 28 prefeitos.

Pelas costas

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) se reuniu na manhã desta terça-feira (29) com líderes partidários da base aliada na Assembleia e, embora não tenha sido alvo de cobranças, assumiu o compromisso de receber os parlamentares e as bancadas com mais frequência. O petista disse ainda que irá agendar audiências com os prefeitos eleitos, ao lado dos seus respectivos deputados, a partir de janeiro de 2025. Pelo visto, os governistas do Legislativo só têm coragem de fazer críticas ao governador pelas costas, como acontece com frequência quando se encontram. A maior queixa é sempre sobre o atendimento político de Jerônimo, que deixaria a desejar.

Primeira vice

Durante a reunião com Jerônimo, alguns líderes manifestaram apoio à reeleição do deputado Adolfo Menezes (PSD) à presidência da Assembleia. Foi o caso, por exemplo, do deputado Fabrício Falcão (PCdoB), líder da federação formada por PT, PCdoB e PV. Comandante da bancada petista, Fátima Nunes declarou que a sigla vai se reunir hoje para tratar da questão, mas a tendência é de apoio a Adolfo. Entretanto, ela frisou que o PT não abre mão da primeira vice-presidência da Casa.

Alternativa para 2030

Vencedor da eleição em Camaçari, o ex-secretário estadual de Relações Institucionais Luiz Caetano (PT) se torna uma alternativa petista para a sucessão de Jerônimo em 2030 (caso o governador seja reeleito em 2026, evidentemente). Vale lembrar que Caetano, que é próximo do senador Jaques Wagner (PT), chegou a ser cotado para disputar o Palácio de Ondina em 2022, mas, em função de pendências na Justiça, a alternativa não vingou. A vitória em Camaçari, cidade em que já governou em outras quatro ocasiões, representou uma volta por cima para o secretário.

Turma dos sem voto

Para fortalecer Flávio Matos (União), derrotado por Caetano, ACM Neto (União) levou uma turma de peso para o segundo turno em Camaçari, no domingo (27). Posou até para foto em uma sala de votação com diversos aliados, incluindo o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União). O problema é que quase ninguém da turma votava no município, onde a diferença entre o vencedor e o perdedor não chegou a três mil votos (50,92% contra 49,08%).

Só pensa naquilo

O prefeito de Euclides da Cunha, Luciano Pinheiro (PDT), foi um dos primeiros a parabenizar publicamente o petista Luiz Caetano pela vitória em Camaçari, na eleição de domingo (26). O pedetista, que é da base de Jerônimo, busca consolidar aliança e apoios mirando 2026, quando pretende ser candidato a deputado estadual. Tem buscado voto em todo canto.

Prêmio ao eleito

Eleito prefeito de Itapetinga, Eduardo Hagge (MDB) vai assumir o mandato, em janeiro, com um gordo aumento de salário. É que a Câmara de Vereadores da cidade aprovou esta semana um reajuste de 57% no vencimento do gestor municipal. Atualmente, o chefe do Executivo local, Rodrigo Hagge (MDB), que é sobrinho de Eduardo, recebe R$18 mil, enquanto o tio vai ganhar R$28.400.

29 de outubro de 2024, 16:09

Compartilhe: