Rodoviários de Salvador decretam estado de greve e paralisação pode começar na próxima semana

Da Redação
O Sindicato dos Rodoviários de Salvador decretou estado de greve nesta quinta-feira (15), durante a primeira assembleia da categoria. A informação foi divulgada pelo Jornal A Tarde. A paralisação está prevista para a próxima semana, respeitando o prazo legal de comunicação à população. Uma nova rodada de discussões está marcada para as 15h de hoje.
Segundo o diretor do sindicato, Fábio Primo, há pouca expectativa de um desfecho positivo nas negociações da campanha salarial. “Sexta temos uma mediação na Superintendência Regional do Trabalho e esperamos que possamos avançar. Mas, pela experiência que a gente tem, estou enxergando muito longe um final feliz nessa história”, afirmou, em entrevista ao Jornal A Tarde.
O dirigente sindical ressaltou que o objetivo da categoria é buscar um acordo que evite a greve. “Sabemos do prejuízo que uma paralisação causa à cidade de Salvador. Temos consciência da nossa importância na mobilidade urbana e, por isso, desde o final de março estamos tentando negociar para evitar esse cenário”, explicou ao A Tarde.
De acordo com a publicação, a pauta de reivindicações foi entregue aos empresários ainda em março. O calendário de negociações, que deveria ter sido concluído naquele mês, foi encerrado sem avanços significativos. Desde então, o sindicato tem realizado assembleias com os trabalhadores, inclusive com atrasos na saída de ônibus das garagens.
Fábio Primo detalhou ainda os trâmites legais para a deflagração da greve. “Temos um edital com prazo de cinco dias para comunicar a população, e outro de três dias para oficializar a greve. O atual edital refere-se à deliberação do estado de greve. O próximo será o aviso final”, disse ao Jornal A Tarde.
O sindicalista enfatizou que todas as medidas estão sendo adotadas dentro da legalidade para garantir que, caso a greve seja deflagrada, os trabalhadores não sofram prejuízos. “Estamos construindo tudo com responsabilidade para que não seja considerada uma greve ilegal ou abusiva, como já ocorreu no passado”, concluiu.