sexta-feira, 16 de maio de 2025

Rodoviários de Salvador decretam estado de greve e paralisação pode começar na próxima semana

Foto: Bruno Concha/Secom

Da Redação

O Sindicato dos Rodoviários de Salvador decretou estado de greve nesta quinta-feira (15), durante a primeira assembleia da categoria. A informação foi divulgada pelo Jornal A Tarde. A paralisação está prevista para a próxima semana, respeitando o prazo legal de comunicação à população. Uma nova rodada de discussões está marcada para as 15h de hoje.

Segundo o diretor do sindicato, Fábio Primo, há pouca expectativa de um desfecho positivo nas negociações da campanha salarial. “Sexta temos uma mediação na Superintendência Regional do Trabalho e esperamos que possamos avançar. Mas, pela experiência que a gente tem, estou enxergando muito longe um final feliz nessa história”, afirmou, em entrevista ao Jornal A Tarde.

O dirigente sindical ressaltou que o objetivo da categoria é buscar um acordo que evite a greve. “Sabemos do prejuízo que uma paralisação causa à cidade de Salvador. Temos consciência da nossa importância na mobilidade urbana e, por isso, desde o final de março estamos tentando negociar para evitar esse cenário”, explicou ao A Tarde.

De acordo com a publicação, a pauta de reivindicações foi entregue aos empresários ainda em março. O calendário de negociações, que deveria ter sido concluído naquele mês, foi encerrado sem avanços significativos. Desde então, o sindicato tem realizado assembleias com os trabalhadores, inclusive com atrasos na saída de ônibus das garagens.

Fábio Primo detalhou ainda os trâmites legais para a deflagração da greve. “Temos um edital com prazo de cinco dias para comunicar a população, e outro de três dias para oficializar a greve. O atual edital refere-se à deliberação do estado de greve. O próximo será o aviso final”, disse ao Jornal A Tarde.

O sindicalista enfatizou que todas as medidas estão sendo adotadas dentro da legalidade para garantir que, caso a greve seja deflagrada, os trabalhadores não sofram prejuízos. “Estamos construindo tudo com responsabilidade para que não seja considerada uma greve ilegal ou abusiva, como já ocorreu no passado”, concluiu.

15 de maio de 2025, 12:30

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