Rui diz que professores que não comparecerem às aulas terão salários cortados
Da Redação
O governador Rui Costa (PT) anunciou ontem o retorno das aulas na rede estadual de ensino para o próximo dia 26 de julho.
Segundo Rui, a redução na taxa de ocupação de leitos para Covid-19, que na Bahia está em 62%, além do recuo no número de casos ativos, permitiu a definição da retomada do ensino ainda em formato semipresencial.
O presidente Associação dos Professores Licenciados do Brasil – Secção Bahia (APLB), Rui Oliveira, já havia se posicionado sobre esse assunto, antes do anúncio oficial. Oliveira afirmou que o retorno do professor à sala de aula só seria possível com 100% dos profissionais imunizados, o que só aconteceria em meados de agosto.
O dirigente da APLB disse que foi surpreendido com o anúncio do governo do estado, afirmando se tratar de uma decisão unilateral. Afirmou, em vídeo, que os professores não retornarão até estarem vacinados contra o coronavírus,
Em entrevista à TV Bahia na manhã de hoje, Rui Costa rebateu o sindicalista e disse que os professores que não comparecerem ao trabalho a partir do dia 26 terão o salário cortado.
O governador lembrou que outras atividades já estão em funcionamento e os profissionais, muitos ainda sem se vacinar, estão se deslocando para as sua atividades.
Ele afirmou que “a maioria absoluta” dos professores está imunizado, pelo menos, com a primeira dose, já que muitos estariam acima da faixa etária de 40 anos. “Há municípios que já começou a vacinar público acima de 30 anos, sem contar os jovens com comorbidades que também já foram imunizados”.
Rui reiterou que todas as unidades seguirão protocolos rígidos de saúde. O modelo semipresencial permite que parte dos alunos acompanhe as aulas de casa e a outra parte em sala, evitando aglomeração. Será obrigatório uso de máscara e as escolas estarão equipadas com dispensers de álcool em gel.
“O retorno vale para todo o estado. Precisamos recuperar o tempo perdido e dar oportunidade, principalmente aos jovens que estão em situação vulnerável com risco de desistir da escola. Muitos estão sendo assediados nas periferias e nas cidades. Educação é prioridade e completar dois anos seguidos sem aula seria um prejuízo gigantesco”, disse o o governador.