Tinoco diz que Bahia vive ‘estado de guerra’ e critica postura de Jerônimo sobre segurança pública

Da redação

O vereador Claudio Tinoco (União Brasil) afirmou, nesta terça-feira (12), que a Bahia vive um “estado de guerra” diante da escalada da violência. Em discurso na Câmara Municipal de Salvador, o parlamentar contrastou sua avaliação com uma declaração recente do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que havia classificado a Bahia como “um estado de paz”.

“É muito diferente um estado de paz para um estado de guerra. Essa situação não começou hoje. Vem desde que o PT assumiu o governo, relaxando nas políticas públicas de segurança, mas também em áreas como educação e assistência social”, disse Tinoco.

O vereador citou como exemplo o “Pacto pela Vida”, programa lançado em 2014 com promessa de integrar ações sociais e de infraestrutura, mas que, segundo ele, não se concretizou. “No Nordeste de Amaralina, anunciaram obras, assistência social, esporte, mas nada aconteceu. Implantaram bases comunitárias e delegacia, mas não ofereceram alternativas sociais ou formação profissional aos jovens”, criticou.

Tinoco também questionou as medidas anunciadas recentemente pelo governo, como a criação de um batalhão da Polícia Militar no bairro e de um cargo de delegado-geral adjunto. Para ele, as ações são insuficientes para reverter o quadro de insegurança. “A população vive sob tiroteios diários, com medo de andar nas ruas a qualquer hora. Até atletas estrangeiros, durante competição na piscina olímpica, tiveram que se proteger de balas”, relatou.

O vereador ressaltou que confia e reconhece o trabalho dos comandantes, oficiais, delegados, praças e demais agentes das forças de segurança pública, mas afirmou que a responsabilidade pelo quadro de violência é do governador. “O comando da Bahia é de Jerônimo Rodrigues. Não adianta culpar a oposição. Aqui na Câmara, temos coragem para cobrar políticas sociais, educacionais e, acima de tudo, segurança para os baianos e soteropolitanos”, concluiu.