Trump se opõe à criação de moeda do BRICS e ameaça com tarifas comerciais
Da Redação
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou-se nas redes sociais contra a proposta de criação de uma moeda própria para o bloco BRICS – ideia apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trump advertiu que os países que aderirem à nova moeda ou que realizarem transações sem o uso do dólar poderão enfrentar “tarifas de 100%” em suas relações comerciais com os EUA.
Trump afirmou que a tentativa de substituir o dólar no comércio global, especialmente no BRICS, que inclui nações como Brasil, China e Rússia, não terá sucesso. Para ele, qualquer país que busque essa mudança estará cortando suas relações comerciais com os Estados Unidos.
Na 16ª Cúpula do BRICS, realizada em outubro, houve a transferência da presidência do bloco para o Brasil, que assumirá o comando em janeiro de 2025.
Segundo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, um dos principais objetivos do Brasil durante sua presidência do BRICS será a implementação de um sistema de pagamentos independente, visando reduzir a dependência do dólar nas transações comerciais entre os países membros.
Lula tem defendido o fim dessa dependência há algum tempo, destacando que o objetivo não é substituir as moedas nacionais, mas sim criar condições para que a ordem multipolar desejada se reflita também no sistema financeiro internacional, como reforçou em seu discurso na Cúpula do BRICS.
Veja o comunicado de Trump
“A ideia de que os países Brics estão a tentando se afastar do dólar enquanto nós ficamos parados e observamos acabou. Exigimos um compromisso destes países de que não criarão uma nova moeda do Brics, nem apoiarão qualquer outra moeda para substituir o poderoso dólar americano. Dólar ou eles enfrentarão tarifas de 100% e deverão dizer adeus às negociações com a maravilhosa economia americana. Eles podem procurar outro otário! Não há hipótese de o Brics substituir o dólar americano no comércio internacional, e qualquer país que tente deve dar adeus à América.”