Vaticano estuda excomunhão para corruptos e mafiosos

O primeiro “Debate Internacional sobre a Corrupção” realizado no Vaticano, organizado pelo Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral em colaboração com a Academia Pontifícia de Ciências Sociais, estuda a excomunhão para quem comete crimes de corrupção e associação mafiosa. Esta pena canônica impõe aos fiéis católicos o afastamento dos sacramentos, tais como a comunhão e a confissão.
O encontro resultou em um documento que afirma que “o grupo está elaborando um texto que servirá de guia para trabalhos e iniciativas futuras”. Entre elas está a de apontar a necessidade de aprofundar no âmbito internacional e da doutrina jurídica da Igreja a questão da excomunhões para corruptos e mafiosos.
Devem participar dos debates pelo menos 50 magistrados anti-máfia e anti-corrupção, bispos, autoridades do Vaticano e de países que tenham relações diplomáticas com a Santa Sé e das Nações Unidas, bem como líderes de movimentos, vítimas, jornalistas, acadêmicos e embaixadores juntos à Santa Sé.
O cardeal Peter Turkson explicou assim a reunião: “Pensamos neste encontro para fazer frente a um fenômeno que busca pisotear a dignidade da pessoa. Queremos afirmar que nunca se pode pisotear, negar ou construir obstáculos à dignidade da pessoa. Por isso chamamos a atenção para esse tema”.
Com informações da Agência Zenit