VÍDEO: Em dia de audiência de custódia, moradores de Barra pedem justiça por pediatra assassinado
Da Redação
Está sendo realizada hoje, no município de Barra, oeste da Bahia, a audiência de custódia com os cinco envolvidos no assassinato do pediatra Júlio Cezar de Queiroz Teixeira, que ocorreu no dia 23 de setembro do ano passado. Do lado de fora do fórum, moradores realiza, um protesto e pedem justiça (vídeos abaixo).
Essa é a primeira vez que os criminosos são ouvidos pela Justiça. Um ano depois do assassinato, a família ainda busca respostas, como revelou um dos irmão de Júlio César em conversa com o Toda Bahia.
“A prisão desses criminosos já é um passo importante, mas as motivações ainda não estão claras. Queremos saber quem pagou esses cinco para fazer isso”, diz Geraldino Gustavo Teixeira.
O crime contra Júlio César gerou uma grande repercussão por uma série de razões. A primeira delas pelo fato de ter ocorrido quando o médico estava em atendimento, num horário em que a clínica estava lotada. O crime foi presenciado pela esposa de Júlio César, que era enfermeira e trabalhava com ele na clínica no momento do crime. Outros dois funcionários, a criança que estava sendo atendida e a pessoa responsável pelo paciente também presenciaram os tiros.
Câmeras de segurança flagraram o momento em que o responsável pelos disparos entra no local, invade a sala de Júlio César e depois deixa a clínica. A partir das imagens, a polícia chegou aos envolvidos no assassinato, que teriam sido pagos para cometer o crime: um casal, que atuou com olheiro na clínica; o autor dos disparos; o homem que conduziu a motocicleta para levar o criminoso ao local e auxiliar na fuga; e Diego Cigano, que se entregou à polícia, quase um mês depois do crime.
A versão de que a motivação seria o suposto ciúme de Cigano foi contada pelos demais envolvidos no crime. O suposto mandante, por sua vez, se manteve calado durante a tentativa de depoimento. A família refuta essa motivação.
Uma hipótese levantada pelos irmãos seria uma suposta vingança após uma possível denúncia, que teria sido feita por Júlio César, de abuso sexual contra uma criança. O caso teria ocorrido em 2016 e a suspeita dessa motivação foi levantada pela própria família. No entanto, a polícia não chegou a trabalhar nessa linha de investigação. Outra hipótese seria uma disputa por espaço de trabalho.
Mas a Polícia Civil concluiu o inquérito com base na linha de que o suposto mandante teria fantasiado que Júlio César teria olhado para os seios da ex-companheira. Um ano depois, a família segue a espera de justiça e respostas sobre o crime.