quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Polícia confirma que corpo atribuído à “Japinha do CV” era de um homem baiano

Foto: Reprodução

Da Redação

A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou nesta terça-feira (4) que nenhum corpo feminino foi encontrado após a megaoperação policial que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, no último dia 28. Segundo o órgão, o corpo inicialmente atribuído à traficante conhecida como “Japinha do Comando Vermelho (CV)”, ou “Penélope”, pertence, na verdade, a um homem baiano.

De acordo com as investigações, o corpo é de Ricardo Aquino dos Santos, de 22 anos, natural da Bahia. Ele tinha dois mandados de prisão ativos e antecedentes criminais no estado.

A suposta morte da “Japinha” ganhou ampla repercussão nas redes sociais logo após o confronto, quando circularam imagens de um corpo com colete tático e roupa camuflada, atingido por disparos de fuzil no rosto. A mulher, tida como uma das principais figuras femininas do Comando Vermelho, era apontada como pessoa de confiança de lideranças da facção e passou a ser chamada de “musa do crime” por seguidores nas redes.

Também identificada como Maria Eduarda em perfis digitais, ela chegou a aparecer em vídeos e transmissões ao vivo portando armas e fazendo apologia ao tráfico. No dia da operação, mensagens atribuídas a ela foram compartilhadas em grupos, indicando que ela estaria cercada.

“Oi, não vamos ficar aqui, não. Eles estão em cima de nós. A bala tá comendo. Helicóptero tá rodando”, dizia um dos áudios supostamente enviados por ela.

A amiga que recebeu a mensagem respondeu pedindo que ela se abrigasse, mas não houve mais contato. A partir daí, começaram a surgir rumores de sua morte — o que foi desmentido agora pela polícia.

No domingo (2), um perfil com mais de 450 mil seguidores, apontado como sendo da própria “Penélope”, publicou vídeos em que uma mulher parecida com ela aparece viva, ironizando as especulações e criticando os boatos sobre sua morte. Nas imagens, ela também promove sites de apostas online.

Apesar disso, a autenticidade do perfil ainda não foi confirmada, e as autoridades seguem investigando a proliferação de contas falsas que utilizam o nome e a imagem da suposta integrante do Comando Vermelho.

A megaoperação — considerada a mais letal da história do Rio — foi deflagrada pelas polícias Civil e Militar com o objetivo de atingir lideranças da facção criminosa. O caso continua sob investigação, com apoio de órgãos federais.

04 de novembro de 2025, 15:56

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