Caso Beatriz: Em carta, homem que confessou crime diz ser inocente e foi pressionado a assumir autoria
Da Redação
Uma suposta reviravolta no caso que investiga o assassinato da menina Beatriz Angélica foi revelada ontem, quando foi divulgada uma carta em que o homem que confessou o crime, Marcelo da Silva, disse que seria inocente.
A divulgação da carta coincide com uma chegada de um novo defensor, Rafael Nunes, que assumiu o caso de Marcelo. Na carta, ele diz que foi pressionado a confessar o crime, que aconteceu em 2015 no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, em Petrolina (PE).
Marcelo da Silva confessou o crime, conforme divulgado na semana passada pela Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco. Ele teria feito a confissão a dois delegados da força-tarefa responsável pela investigação do caso, logo depois de o DNA contido na faca utilizada no assassinato da criança de 7 anos apontar que ele seria o assassino.
“Eu confessei na pressão. Pelo amor de Deus, eles querem minha morte. Preciso de ajuda. Estou com medo de morrer, quero viver. Eu não sou assassino. Quero falar com a mãe da criança. Quero a proteção de minha mãe”, diz a carta, assinada com o nome de Marcelo e com a data de segunda-feira (17).
Ao ser questionado sobre a inocência de Marcelo, o advogado Rafael Nunes se limitou a dizer: “Acredito, não. Tenho certeza”.