segunda-feira, 13 de maio de 2024

Rapidinhas: A incógnita Elmar, a difícil união e a baixaria no Coren-BA

Foto: Divulgação

Davi Lemos

A incógnita Elmar
Um possível – mas ainda não completamente pavimentado – caminho para que Elmar Nascimento (UB) ganhe as eleições para a Presidência da Câmara dos Deputados pode mudar o tabuleiro das eleições de 2026 na Bahia. Essa é a análise de um parlamentar do grupo de oposição no estado que, sobre Elmar, salientou: “ele, eleito presidente da Câmara, pode rivalizar com [ACM] Neto. Isso pode ocorrer na mesma chapa ou em chapas opostas”. Nascimento já recebeu apoio de Arthur Lira (PP/AL), atual presidente da Casa, e tem se aproximado de caciques do governo federal, a exemplo do próprio ministro Rui Costa (Casa Civil).

PSD no comando?
O PSD baiano tem mirado alto também na sucessão da Câmara e do Senado. O deputado Antônio Brito e o senador Angelo Coronel são cotados nas disputas pela presidência das duas Casas. Na Câmara, ocorreria uma disputa baiana entre Elmar e Brito – que tem o incentivo do presidente estadual do PSD, Otto Alencar, que inclusive solicitou que o filho de Edvaldo Brito desista do sonho de ser prefeito da capital. No Senado, Coronel poderia enfrentar Davi Alcolumbre (UB/AC), no que poderia se tonar uma disputa entre União e PSD.

Sem união
Ainda que Antônio Brito tenha sido chamado para retirar a pré-candidatura de campo e Zé Trindade ter desistido da disputa pela Prefeitura de Salvador por alegadas razões médicas, não se vislumbra no horizonte uma união das forças em torno do Palácio de Ondina com vistas ao Thomé de Souza. Há nomes, principalmente no PSB, que não vêem com bons olhos uma desistência de lançar candidatura própria. Lídice da Mata, ex-prefeita da capital, figura com melhor percentual em recentes sondagens do eleitorado. Robinson Almeida, confidenciou um petista, deu até uma freada nas movimentações à espera de uma definição do cacique Jerônimo Rodrigues.

Reprodução/Facebook

A bênção de Wagner
Enquanto não sai uma bênção de Jerônimo Rodrigues sobre um nome do grupo para concorrer ao Thomé de Souza, a explícita bênção de Jaques Wagner ao vice-governador Geraldo Júnior (MDB) provoca análises distintas na base. A ideia do senador de que uma candidatura à Prefeitura de Salvador não deve ser do PT pode dividir e não unir a base – e Jerônimo estaria numa sinuca. “Geraldo pode ganhar força para ser o candidato do grupo, mas perderia o apoio da militância mais à esquerda, de PT e PCdoB. Isso, em Salvador, será fundamental”, avaliou um vereador da oposição na capital.

Divulgação

Baixaria no Coren
As eleições para a nova diretoria do Coren-BA estão registrando episódios de golpes baixos e jogo sujo. O pleito ocorre em 1° de outubro e três profissionais que compõem a chapa de oposição à atual presidente do Coren, Gisele Paixão, que tenta reeleição, alegam sofrer campanha difamatória nas redes sociais. Rosangela Santana disse que foi acusada de ser violenta e assassina em vídeo que circula em grupos de enfermagem e em uma página no instaram. “Não sei exatamente quem e nem por que estão fazendo isso comigo. Eu, meu marido e minha filha estamos sendo acompanhados por um profissional para nos ajudar. Fiquei desesperada, mas recebi ajuda de amigos e vamos lutar para superar”, disse. Outras duas enfermeiras também foram vítimas do suposto grupo que propaga as alegadas fake news.

Não tão benquisto
O presidente do PL na Bahia, João Roma, continua a dizer que é pré-candidato a prefeito de Salvador, mas a Bahia inteira já sabe que o ex-parlamentar está somente esperando o momento certo para indicar apoio à reeleição de Bruno Reis. Roma tem pregado a união das direitas contra o petismo e, em Salvador, deve seguir esse roteiro. Partidos aliados do prefeito é que não apreciam tanto assim a chegada do PL – dono de 20% do tempo de TV e rádio e de vultoso fundo eleitoral, o partido tem grande poder de barganha e nada o impediria de requisitar a vice também desejada por republicanos, tucanos e pedetistas.

Santa assessoria
A expertise do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes (PSD), pode ajudar o cardeal-arcebispo de Salvador, Dom Sérgio da Rocha, em uma corrida do cardinalato para o papado? Bem humorado durante visita feita a ele pelo pessedista e após ser questionado sobre uma possível eleição como Pontífice em um próximo conclave, Dom Sérgio brincou: “Quem sabe com a assessoria do presidente Adolfo Menezes, que entende bem de colegiado e que teve 62 votos na Assembleia, de 63 possíveis?”. Brincadeiras à parte, o arcebispo primaz considera improvável a eleição de um novo papa latino-americano para a sucessão de Francisco.

25 de setembro de 2023, 19:25

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