quinta-feira, 2 de maio de 2024

Rapidinhas: Interinidade adiada, disputa em Lauro e a imutável pauta da UPB

Foto: Divulgação/GOVBA

Davi Lemos

Interinidade adiada
O vice-governador Geraldo Júnior passou a manhã inteira desta segunda-feira (27) com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). A previsão era que o petista viajasse ontem para a China, mas só deve viajar na quarta-feira (29), conforme anunciado nesta segunda-feira (27). “Não é normal Geraldinho passar a manhã inteira com Jerônimo. Vai que ele já tinha feito essa programação e não estava esperando esse adiamento”, comentou fonte da Governadoria. O vice-governador já planejava manter o mesmo ritmo nas inaugurações, andar acompanhado por um staff ainda maior de seguranças, dizem as boas e más línguas.

Quantos contra Bruno?
A oposição ao prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), está longe de definir quantos ‘players’ colocará em campo em outubro de 2024 para disputar o Thomé de Souza e tentar desbancar o atual gestor da capital. O vice-governador Geraldo Júnior (MDB) deseja ser o nome do grupo, petistas ora dizem que é necessário ter candidatura única – como Marta Rodrigues, irmã do governador Jerônimo – ora admitem que será necessário ter mais de um nome para “forçar” um segundo turno, como indicou Robinson Almeida, líder da Federação PT, PCdoB e PV na Assembleia. O mesmo Robinson disse que o PT deve ser protagonista, e a presidente do PSB na Bahia, Lídice da Mata, disse que os socialistas também querem protagonismo e têm nomes. Ou seja, haverá ainda muita reunião até 2024 chegar.

Divulgação

Pesquisa
O prefeito Bruno Reis passou o final de semana mais tranquilo após a pesquisa do Instituto Paraná demonstrar que ele lidera, com 38,1% das intenções de voto, seguido por Lídice (10,2%), João Roma, do PL, com 7%; Olívia Santana, do PCdoB, com 6,6%; Geraldinho, com 4,5%, e Bacelar (PV), com 3,1%. Se o candidato for o ex-prefeito ACM Neto, a dianteira do grupo governista chega a 60%. Nas redes sociais, o ex-deputado federal Geddel Vieira Lima (MDB) provocou que Neto será o candidato; mas a provocação é, segundo a base de Bruno, infundada. O atual gestor herdará os votos de Neto, que continuará trabalhando para as eleições de 2026.

Enquanto isso, em Lauro
O PDT de Lauro de Freitas não está muito bem sintonizado, a considerar o humor das lideranças estaduais. O deputado federal Léo Prates (PDT) defende o apoio do partido a Teobaldo Costa e à ex-deputada Mirela Macedo para disputar a sucessão à prefeita Moema Gramacho (PT). Já o presidente estadual do partido, Félix Mendonça Júnior, quer emplacar a pedetista Débora Régis, vereadora da cidade. Fontes ligadas a Prates dizem que o deputado teve maior votação na cidade, maior representatividade e que, por isso, deveria ter a voz final da definição de quem será candidato a prefeito no município.

Pulou para 14
O líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, Alan Sanches (União Brasil), apesar de estar no início do quarto mandato, fez questão de salientar que não está no 13º ano na Casa, mas no 14º. “Treze, não”, justificou o líder, em sessão nesta semana passada. Um colega de bancada brincou: “Alan não é petista, mas é 14 trans”. A pilhéria veio pelo fato de muitos membros do PT defenderem a escolha de gênero dissociada da genética. Sanches, no caso, poderia ser um personagem da trama “De Volta para o Futuro”, pois, pelas contas dele, já está em 2024.

Prefeitos e o INSS
A direção da UPB mudou, mas a preocupação dos prefeitos baianos continua sendo o equilíbrio das contas. Mudou de Zé Cocá, prefeito de Jequié, para Quinho, prefeito de Belo Campo, mas a pauta permanece inalterada: reduzir a alíquota do INSS dos municípios. Na agenda da Marcha para Brasília que ocorre nesta semana, o foco é pressionar os parlamentares a aprovar a PEC 14/2022. O cenário, segundo Quinho, não é bom se não houver êxito nesse pleito: “Se não tiver uma mudança em relação a alíquota do INSS, nossa situação vai se complicar cada dia mais.”

Resultados da DR
Chamado de “imperador” por muitos colegas de ministério, o ex-governador Rui Costa (PT) e titular da Casa Civil, passou a semana tentando amenizar o mal-estar causados pelo temperamento e pelo “chá de cadeira” que agora incomoda membros da Esplanada, mas que há era uma tradição após seus oito anos como inquilino do Palácio de Ondina – tradição, diga-se, prontamente quebrada por Jerônimo Rodrigues. Nas redes sociais, Rui postou uma foto ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas o sorriso considerado forçado foi para amenizar a espera que 45 minutos a que o companheiro petista foi submetido.

27 de março de 2023, 18:50

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