sexta-feira, 3 de maio de 2024

Rapidinhas: O arremate de Bruno Reis, a busca de Geraldinho pelo PT e o pinote de Fabrício Falcão em Marcelo Nilo

Foto: Divulgação

Alberico Gomez e equipe

E janeiro começa mirando outubro…

* As articulações para as eleições de outubro em Salvador se intensificam a partir deste mês. Embora todo mundo saiba que ele é candidato à reeleição, o prefeito Bruno Reis (União) já disse em diversas ocasiões que só fala de política depois do Carnaval, mas deve fazer os arremates com o PL do ex-ministro João Roma ainda este mês.

* O apoio do PL já está garantindo há tempos, mas os detalhes que antecedem ao anúncio envolvem a distribuição de espaços ao partido. Roma já emplacou aliados em funções operacionais da Prefeitura, a exemplo da diretoria-geral da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), mas os deputados federais Capitão Alden e Jonga Bacelar, além dos estaduais Leandro de Jesus e Diego Castro, também querem uma “boquinha”. Tem até lista com sugestões de nomes para cargos terceirizados circulando.

* O PL, que é o partido com maior tempo de TV e verba do fundo eleitoral, não vai brigar pela vice de Bruno Reis, mas, além de espaços na gestão, quer ajuda do prefeito para montar a chapa de 44 candidatos a vereador. Dos dois vereadores – Isnard Araújo e Alexandre Aleluia – apenas o segundo deve permanecer na sigla. Com as articulações junto a Bruno Reis, João Roma mira 2026.

* Já o pré-candidato do MDB à Prefeitura, vice-governador Geraldo Júnior, vai dedicar o primeiro mês do ano a fazer conversas bilaterais com os partidos da base do chefe do Executivo estadual, Jerônimo Rodrigues. O foco será dialogar com as legendas de esquerda que formam a federação PT, PCdoB e PV. As duas primeiras não esconderam a decepção pela escolha do emedebista e pretendem focar na chapa de candidatos a vereador.

* O líder do PT na Câmara Municipal, Tiago Ferreira, estima que a federação, hoje com sete vereadores – incluindo André Fraga (PV), aliado de Bruno Reis -, pode perder duas cadeiras com a candidatura de Geraldo Júnior. “Se o PT tivesse na cabeça de chapa, com o deputado estadual Robinson Almeida, que era nosso pré-candidata, poderíamos eleger oito. Mas agora é levantar a cabeça e trabalhar em dobro”, declarou o petista à coluna. Entre os que sofrem mais risco de ficar de fora está o vereador petista Arnando Lessa.

Antes, no Réveillon…

* A ausência do ex-prefeito ACM Neto (União) no Festival da Virada organizado por Bruno Reis na orla da Boca do Rio motivou burburinhos entre políticos e a imprensa que participaram do evento. Neto, que anunciou recentemente a terceira gravidez, desta vez da segunda esposa, Mariana Barreto de Magalhães, optou por passar o Réveillon com a família na Praia do Forte.

* Quem apareceu na festa da Boca do Rio foi o deputado federal Elmar Nascimento (União). Ele desfilou ao lado do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União), o mesmo que no final de 2023 teve os bens bloqueados por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) após operação da Polícia Federal visando investigar desvios de verbas federais da Codevasf. Em meio a denúncias, Juscelino vive na corda bamba com o presidente Lula (PT), mas nada disso abala a amizade com o parlamentar baiano.

* Parece até que foi pirraça, mas depois que o ex-deputado Marcell Moraes (PSDB) e a pupila Carol dos Animais (PSDB), pré-candidata a vereadora de Salvador, protocolaram junto à Prefeitura uma solicitação para que a queima de fogos do Réveillon na capital ocorresse de maneira silenciosa, a Saltur decidiu fazer show pirotécnico em todos os dias do Festival da Virada.

* Já no Réveillon de Valente, município da região sisaleira da Bahia, quem passou o maior constrangimento foi o prefeito Ubaldino Amaral (União), que levou uma sonora vaia ao ter o nome citado na festa. Situação semelhante havia ocorrido no São João de 2023. Confere no vídeo!


Na briga pela aposentadoria de luxo…

* Na disputa pela cadeira vaga no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que será decidida na Assembleia a partir de fevereiro, tudo indica que o deputado Fabrício Falcão (PCdoB) vai dar o pinote no ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos) e ficar com os votos da oposição.

* A avaliação é que se Fabrício inscrever a candidatura, ele tem mais chances de derrotar o candidato do PT, que é o deputado Paulo Rangel, o favorito. Na ponta do lápis, a conta hoje é a seguinte: 20 votos da oposição + 4 do PCdoB + 1 independente (Hilton Coelho, do Psol) + 3 governistas que teriam declarado voto no comunista = 28. Para vencer, é preciso 32 em votação secreta.

* Já Marcelo Nilo, apesar de toda confiança esbanjada e de ter sido 10 anos presidente da Assembleia, não tem nem o apoio de 100% da bancada de oposição. O líder do União Brasil na Assembleia, Marcinho Oliveira, por exemplo, não vota nele – os dois são ferrenhos adversários em Monte Santo. Do lado governista, as chances seriam ainda menores, uma vez que Nilo faz oposição ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) e virou desafeto do senador Jaques Wagner (PT) e do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), após apoiar ACM Neto em 2022.

* Em Vitória da Conquista, reduto eleitoral de Fabrício Falcão (PCdoB), o vereador aliado Luciano Gomes, também comunista, demonstrou “indignação” com a decisão do PT de lançar ao TCM o deputado Paulo Rangel. “Será que o PCdoB serve só para apoiar, e não para ser apoiado?”, indagou, em discurso no plenário antes do recesso.

02 de janeiro de 2024, 16:50

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