domingo, 5 de maio de 2024

Rapidinhas: O estranho no ninho, o individualista e a lição para os indicados

Foto: Reprodução

Davi Lemos

Estranho no ninho
O Republicanos não tem feito o menor esforço para que o deputado federal Marcelo Nilo, que não conseguiu a reeleição, tenha mandato a partir de fevereiro. Há a especulação de que o parlamentar pode ser ajudado se o prefeito Bruno Reis (União) convidar um dos parlamentares eleitos ou reeleitos pela sigla para ocupar uma secretaria municipal, o que até a manhã desta segunda-feira (09) não havia avançado. Nilo é visto dentro do partido comandado pelo deputado federal Márcio Marinho na Bahia como um “estranho no ninho”.

Individualista
Outro que tinha a expectativa de ser ajudado pelo prefeito Bruno Reis (União) é o deputado estadual Paulo Câmara, que também não conseguiu a reeleição na Assembleia e ficou na primeira suplência do PSDB. Na reforma administrativa do prefeito, que deve ser concluída esta semana, os tucanos devem ficar com a pasta da Gestão, que será preenchida, tudo indica, por um nome técnico, e não político. No caso de Câmara, ele é visto pelos pares como um parlamentar individualista, de pouco espírito coletivo.

Elogiado
A maneira como o chefe de gabinete do governador, Adolpho Loyola, conduziu as conversas com partidos políticos foi elogiada pelas siglas que apoiam o governador Jerônimo Rodrigues (PT) e mais ainda aquelas que chegaram ao grupo somente no segundo turno das eleições, quando a vitória contra o ex-prefeito de ACM Neto (União Brasil) já se desenhava. “Trata muito bem os partidos, trata muito bem as lideranças”, ressaltou um dos membros desses partidos que chegaram no segundo turno.

Lição
Para quem ficou no aguardo das indicações do segundo escalão ficou, entretanto, uma lição: ficar calado, não especular, buscando lançar nome e forçar a barra. “Vimos que isso não tem funcionado com Jerônimo. É melhor esperar a caneta do governador”, disse o neófito no grupo governista. O neo-governista disse que ficaram claros os exemplos de quem se lançou secretário, mas permaneceu dirigente de partido, deputado ou vereador. “O PCdoB queria a Cultura, e ficou com outro. Então não adiantava ficar fazendo especulação pela imprensa”, disse.

Secretários extraoficiais
Afonso Florence (PT) pediu exoneração da Casa Civil do governador Jerônimo Rodrigues (PT) alegando que precisava concluir o mandato de deputado federal, cuja legislatura termina em janeiro. Entretanto, ele segue despachando normalmente como titular da pasta, inclusive participando de reuniões com o próprio chefe do Executivo estadual. Aliás, dos seis deputados nomeados por Jerônimo para o primeiro escalão, sendo dois federais e quatro estaduais, apenas um se licenciou de fato do mandato: Tum (Avante), que se afastou da cadeira na Assembleia. Entretanto, todos os outros se tornaram secretários extraoficiais.

O conselho de Coronel a Dino
O senador Angelo Coronel (PSD) divagou no Twitter para dar um conselho ao ministro da Justiça Flávio Dino na condução do que deveriam ser as negociações com os bolsonaristas que invadiram as sedes dos três Poderes em Brasília. “Ameaça é a porta de entrada para o confronto. As torcidas ainda estão em efervescência. O ministro da justiça deve ter como premissas a manha nordestina e o diálogo pois o acirramento está patente. Fica o conselho… democracia forte sempre”, escreveu Coronel. Alguns comentaristas sobre a atuação de Dino dizem que ele foi reprovado em seu primeiro grande teste. Hoje, entretanto, também no Twitter, Coronel disse que os líderes dos ataques devem ser identificados e punidos.

Waldemir Barreto/Agência Senado

09 de janeiro de 2023, 18:45

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