domingo, 28 de abril de 2024

Rapidinhas: O sucessor de Leão no PP, Carlos Muniz falta a almoço com Bruno Reis e a CPI de papel

Foto: Divulgação

Da Redação

Mário Júnior assume PP
O deputado federal Mário Negromonte Júnior será o sucessor do deputado federal João Leão no comando do PP baiano. O martelo foi batido na reunião entre as bancadas estadual e federal pepista com a Executiva da sigla na Bahia, ocorrida nesta segunda (17) em Salvador, e por meio da qual também ficou acertado que o ex-deputado federal Ronaldo Carletto irá suceder Mário, numa espécie de rodízio de um a dois anos. Caberá à Executiva nacional a palavra final sobre a questão, que deve sair nesta terça (18).

O regresso
Prefeito de Jequié, o pepista Zé Cocá, que fez campanha para ACM Neto (União) nas eleições do ano passado e é ligado a João Leão, articula o regresso para a base do governo petista por meio do deputado estadual Hassan (PP), de quem é aliado próximo – o parlamentar já foi secretário municipal do gestor. Resta convencer o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), a perdoar a “traição” de 2022 e aceitar que o PT mais uma vez abdique dos planos locais e apoie a reeleição do ainda ex-aliado no município do sudoeste baiano.

Ausência justificada
O prefeito Bruno Reis (União) convidou o presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Muniz (PTB), para um almoço no Palácio Tomé de Souza nesta segunda-feira (17), mas o edil não compareceu. O chefe do Executivo municipal queria parabenizar pessoalmente o vereador, de quem tem buscado se aproximar, pela passagem do aniversário. Mas antes que Bruno ficasse cismado, Muniz se apressou em explicar a situação. “Eu expliquei ao prefeito que tive uma situação na Câmara e não deu para comparecer”. A “situação” foi uma festa surpresa promovida por servidores, assessores, funcionários e vereadores. Muniz esteve no palácio no início da tarde para receber o abraço do gestor.

Cisma ou ciúmes?
Quem também fez questão de parabenizar Carlos Muniz foi o vice-governador Geraldo Júnior (MDB). “Parabéns meu amigo, meu irmão. Estamos juntos nessa caminhada hoje e sempre”, escreveu o emedebista nas redes sociais, ao postar uma foto dos dois sorrindo e abraçados. Nos bastidores, no entanto, comenta-se que Geraldinho, este sim, andaria cismado com a aproximação de Muniz com o prefeito Bruno Reis e as negociações do edil para se filiar ao PL.

Beca governista
Por falar em PL, o deputado estadual Vitor Azevedo, filiado ao partido, tem se reunido toda semana com secretários do governo Jeronimo Rodrigues (PT) ao lado de prefeitos que apoiaram o parlamentar nas eleições de 2022. O objetivo é levar ao Executivo estadual as demandas dos aliados nos municípios. Azevedo já vestiu a camisa de governista de corpo e alma. Como não foi votado na órbita bolsonarista, nem tem muito a quem dar satisfação, até porque a maioria dos prefeitos que o apoiaram caminharam ao lado de Jerônimo.

O tempo de Jerônimo
Ao retornar da China, o governador Jerônimo Rodrigues prometeu dar um giro nas rádios da capital e do interior para contar o que trouxe de novidades do périplo no exterior. “De forma transparente vamos fazer essa prestação de contas”, assegurou. Mas os aliados do petista esperam que dessa vez ele tenha tempo para finalmente reunir o conselho político e deliberar sobre os cargos no interior.

CPI só no papel
A CPI do MST na Assembleia Legislativa deve “morrer na praia”, como diz o ditado popular. Na avaliação de parlamentares do governo e da oposição, a comissão, proposta pelo deputado bolsonarista Leandro de Jesus (PL), não sairá do papel protocolado junto à Mesa Diretora. A decisão deve sair até meados desta semana, antes da manifestação organizada pelos produtores rurais na Casa, agendada para a próxima semana. Nesta segunda (17), militantes do MST estiveram na sede do Legislativo para protestar contra a instalação da CPI.

Superbloco
O PT reclamou que o PDT e o PSB, que são governistas, aderiram ao superbloco articulado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão, composto por nove legendas e mais de 170 parlamentares, mas em nenhum momento os petistas procuraram os dois partidos para negociar a formação de um bloco – isso só aconteceu quando tudo já estava amarrado com o pepista. O fato deixou parlamentares da bancada baiana intrigados com tamanha desarticulação.

Coluna do meio
Agora é unanimidade: os presidentes estaduais do PDT, PSB e Solidariedade concordam que a federação entre as três siglas só deve sair em 2026. Os deputados federais Félix Mendonça e Lídice da Mata e o deputado estadual Luciano Araújo, respectivamente presidentes das legendas, não acreditam que haja maturidade política para que o acordo seja fechado para o pleito de 2024. Isso porque há impasses locais, inclusive na Bahia, onde o PSB faz parte do governo de Jerônimo Rodrigues, o PDT é oposição e o Solidariedade é “coluna do meio”, para lembrar da zebrinha do Fantástico.

17 de abril de 2023, 17:01

Compartilhe: