sexta-feira, 3 de maio de 2024

Rapidinhas: Para onde apontam os olhos de Rui, o bolsonarismo pragmático e os 90% de Caetano

Foto: Reprodução

Davi Lemos

Rui Correria
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), está correndo como o diabo corre da cruz da mera hipótese de vir a ser candidato a prefeito de Salvador em 2024. Os olhos de Rui apontam para outro palácio e não é o Thomé de Souza, mas o do Planalto: o petista, que há poucos dias anunciou R$ 60 bilhões de investimentos anuais pelo novo PAC, quer ser o sucessor de Lula, não de Bruno Reis. Nas rodas petistas, é a dito que a única possibilidade de o ex-governador aceitar ser candidato em Salvador é um pedido do presidente. “Aí não teria como recusar, mas enterraria o sonho de ser presidente a partir de 2027. Prefeito não sai candidato a presidente”, considerou um petista.

Indefinição programada
Enquanto isso, os nomes vêm e vão e há direito até a novidades nas especulações sobre quem poderá disputar o pleito do ano que vem contra Bruno Reis. O deputado estadual Niltinho (PP) seria um novo nome para a disputa da Prefeitura de Salvador; segundo fontes, estimulado pelo próprio Palácio de Ondina. O senador Otto Alencar declarou, entretanto, que o melhor nome seria Rui; na sexta-feira, o ex-deputado federal e ex-ministro Geddel Vieira Lima disse que o MDB embarcaria na candidatura do ex-governador sem pestanejar. Nesse novo cenário, parece que o presidente da Conder, José Trindade, posará ao lado de Geraldo Júnior (MDB) na galeria dos ex-candidatos.

Divulgação

O bolsonarismo pragmático
O bolsonarismo baiano, embora tenha seus nomes mais radicais, tem percebido que, para sobreviver nas eleições municipais e impedir o avanço do petismo nas maiores cidades baianas, precisa fazer alianças pragmáticas. Em Salvador, embora o presidente estadual do PL, João Roma, diga que é pré-candidato a prefeito da capital, a tendência é de apoio a Bruno Reis. Nesta segunda (17), o ex-deputado federal voltou a dizer que a única possibilidade de não conversar com Bruno seria uma aliança do prefeito com Lula. Os bolsonaristas lembram que, dos R$ 60 bilhões do Novo PAC de Rui, boa parcela deve vir alimentar cidades e candidaturas a prefeito apoiadas pelo Palácio de Ondina.

Alfinetou
Na mesma entrevista concedida nesta segunda-feira à rádio A Tarde FM, João Roma alfinetou o compadre e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, ao ser questionado sobre o fato de o União Brasil ter três ministérios no governo Lula, e se isso não inviabilizaria um apoio do PL a Bruno Reis, o ex-ministro da Cidadania lembrou que o partido de Neto também tinha cadeiras ministeriais no Governo Bolsonaro; ele cutucou e lembrou que teve candidato – ACM Neto, que disputou o governo estadual – que mesmo assim não apoiou Jair Bolsonaro. Roma ainda disse não ter assuntos para tratar atualmente com o ex-prefeito de Salvador.

Caetano candidato
Se os petistas e aliados ainda não sabem quem será o candidato do grupo em Salvador, em Camaçari o nome está cristalino e, segundo fonte desta coluna, completamente definido: Luiz Caetano, atual secretário estadual de Relações Institucionais. O petista já foi prefeito da cidade da Região Metropolitana de Salvador e pretende retornar ao posto e derrotar o grupo de Elinaldo Araújo (União Brasil), que quer fazer um sucessor. Caetano disse, em vídeo publicado no Instagram, que fez 16 postos de saúde e 500 salas de aula e que Elinaldo não fez sequer um. “A prefeitura arrecada cerca de R$ 2 bilhões por ano; eu arrecadava R$ 500 milhões. Por que com R$ 2 bilhões não consegue chegar a 20% do que a gente fez?”, questionou o candidatíssimo Caetano.

Ascom/Luiz Caetano

Explicações
O deputado estadual Sandro Régis (União Brasil) não gostou nada do resultado do jogo entre Atlético-PR e Bahia no domingo (16) e prometeu apresentar requerimento da Comissão de Esportes da Assembleia Legislativa, que é presidida pelo deputado e ídolo tricolor Bobô (PCdoB), para que o diretor do clube Cadu Santoro explique as reais intenções da SAF. “Até quando esse sofrimento? Até quando essa vergonha? Até quando esse vexame? O Bahia virou chacota e caixa de porrada de todos os times do Brasil. A gente precisa saber o que a diretoria quer fazer do Bahia”, reclamou Régis após o revés tricolor em Curitiba-PR. Ele também pôs a hashtag #ForaRenatoPaiva.

Agência Alba

Ponte
Após o sumiço no 2 de Julho, ACM Neto voltou à carga contra as gestões petistas na Bahia. Após citar casos de violência e questionar a eficácia das políticas de combate à fome realizadas pelo grupo governista, nesta segunda-feira (17) recordou da promessa da Ponte Salvador-Itaparica que, segundo matéria postada pelo ex-prefeito da capital, já teria custado R$ 316 milhões. “Mesmo sem nenhuma estaca batida, o Estado ainda terá que pagar mais R$ 50,6 milhões às empresas contratadas. Depois de toda essa novela milionária, que se arrasta há mais de 14 anos, só queremos saber quando os baianos poderão fazer a travessia pela ponte que existe apenas na propaganda do PT”, escreveu Neto. A tática de apontar a ineficiência petista não deu certo entre 2010 e 2022, quando Jaques Wagner foi reeleito e fez o sucessor, Rui Costa, que, por sua vez, também ficou oito anos no Palácio de Ondina e viu o Jerônimo, considerado azarão, vencer o pleito.

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17 de julho de 2023, 19:20

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