quinta-feira, 2 de maio de 2024

Rapidinhas: Pré-candidaturas fake, a unha e a carne e a expulsão à vista

Foto: Divulgação

Davi Lemos

Interesse de quem?
A ala mais bolsonarista do PL está bastante insatisfeita com a direção do presidente estadual João Roma e com as negociações feitas pelo partido rumo às eleições de 2024. A queixa atual é a de que o discurso de que não pleiteia cargos não condiz com a realidade. E poucos estão convencidos de que a nomeação de Antônio José Oliveira Lins para a diretoria-geral da Sedur de Salvador tenha sido simplesmente pelo currículo. Roma chegou a ser questionado pelo deputado Jonga Bacelar, mas negou que tenha feito a indicação. Nem Jonga nem os bolsonaristas acreditaram.

Pré-candidato até quando?
O lançamento de Capitão Alden como pré-candidato a prefeito de Feira de Santana é vista pela mesma ala como uma cortina de fumaça para, posteriormente, anunciar apoio a candidatura mais robusta na Princesa do Sertão, provavelmente em apoio a José Ronaldo. Roma também manteve diálogos com o PSDB, que tem a pré-candidatura de Pablo Roberto. A ala bolsonarista quer, entretanto, que Alden não arrede o pé da pré-candidatura e confirme seu nome: ter um nome disputando as eleições em Feira, além de criar uma bancada bolsonarista na maior cidade do interior baiano, pode também criar bases para a eleição (ou reeleição) de deputados estaduais e federais da sigla.

Será saído?
O MDB trabalha o processo de expulsão do vereador Alfredo Mangueira que, na Câmara Municipal de Salvador, não vem seguindo a orientação da sigla. Mas Mangueira sempre foi carlista e se manteve fiel a ACM Neto e agora a Bruno Reis, mesmo antes de assumir a cadeira com a assunção de Geraldo Júnior a vice-governador. É principalmente o vice-governador, que é pré-candidato a prefeito de Salvador, um dos mais insatisfeitos com a postura do antigo emedebista. Mas a possível expulsão de Mangueira é entendida como desnecessária por alguns quadros: se ele quiser disputar mais uma reeleição, teria que aproveitar a janela e ir para outra sigla da base de Bruno Reis.

Unha e carne
O vice-governador Geraldo Júnior (MDB) e o secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano (PT), estão cada vez mais colados. Um é pré-candidato do MDB a prefeito de Salvador e o segundo, pré-candidato em Camaçari. Daí a leitura que se faz é que as movimentações do MDB em Camaçari com o lançamento da pré-candidatura de Oswaldinho Marcolino são somente “fumaça”. “Todo mundo sabe que ali não ganha nem eleição para síndico”, diz fonte desta coluna. Então o caminho para Geraldo em Salvador e Caetano em Camaçari está sendo alinhado? A conferir.

Dino negro?
A afirmação de setores da esquerda de que Flávio Dino pode ser o quinto ministro negro no Supremo Tribunal Federal (STF) não agrada a lideranças do movimento na Bahia e no Brasil. Por aqui, o economista e ex-secretário estadual da Promoção da Igualdade Racial, Elias Sampaio, criticou: “Além das leis para ‘preto ver’ por aqui pela Bahia, parece que a esquerda brasileira que está gerindo o estabilishment realmente resolveu refundar o mito da democracia racial. Se gênero e raça ‘não é mais critério para nomear ao STF’, essa forçação de barra com Flávio Dino serve para que mesmo?”, questionou Sampaio, no Instagram. “A cada dia o racismo perseverante sofisticado do Brasil se supera”, concluiu o economista.

Deputado pé frio
O deputado estadual Marcinho Oliveira (União) foi conferir de perto, no Maracanã, a partida entre Flamengo e Atlético Mineiro, na semana passada. Ficou com fama de pé frio na Assembleia após a derrota do clube carioca por 3×0. O parlamentar, que também costuma assistir ao vivo os jogos do Bahia, na Arena Fonte Nova, levou um dos filhos ao Rio para conferir a partida, cujo resultado acabou tirando as chances do clube carioca disputar o título de campeão brasileiro.

Folga em Dubai
As discussões sobre a definição do nome do grupo de Jerônimo Rodrigues para a disputa das eleições municipais em Salvador estão em stand-by. O governador nem está mais em Dubai, na verdade; já está em territorio alemão, onde busca mais investimentos para a Bahia e, por enquanto, esfriam as conversas sobre Thomé de Souza. Jaques Wagner, que compõe a comitiva, já avisou, antes de viajar, que ele, Rui Costa e Jerônimo discutiriam outros assuntos na viagem. Ou seja, as cabeças, nestes dias estarão bem longe da capital baiana. E, com isso, pouca gente acredita que uma definição saia logo no retorno dos caciques do PT baiano à Terra Brasilis.

Wagner ministro?
A saída de Flávio Dino do Ministério da Justiça após a indicação para compor o Supremo Tribunal Federal trouxe à baila a hipótese de o senador Jaques Wagner ser escolhido para sucedê-lo na Esplanada dos Ministérios. De pronto, Wagner disse que não há a menor chande de ele ser o ministro da Justiça. Petista baiano que também tem trânsito em Brasília avalia que uma função ministerial para Wagner deveria ocorrer em uma pasta mais política; ele considera que o petista, apesar do voto favorável à PEC que tira poderes do STF, vem fazendo um bom trabalho à frente da liderança do governo no Senado.

04 de dezembro de 2023, 20:06

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