quinta-feira, 2 de maio de 2024

Rapidinhas: Sinal vermelho para o PV, disputa dos ‘ex’ e o deputado irado

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Davi Lemos

Sinal vermelho para o PV
Sem espaço dentro do governo da Bahia, o Partido Verde segue insistindo em se abrigar na máquina estadual. Primeiro tentou ficar com a Secretaria de Meio Ambiente, mas o currículo do ex-deputado Edson Duarte foi vetado pelo governador. Depois tentaram com o mesmo currículo ficar com o Inema, também negado. Agora estão tentando uma superintendência, que seria na Secretaria de Meio Ambiente ou na de Desenvolvimento Econômico. Parece que também já foi negado. Dois motivos levam à recusa. O primeiro é que Jerônimo já considera que o partido está contemplado com o Turismo, chefiado pelo irmão do deputado Bacelar. Depois porque os nomes apresentados pelo PV são considerados personas já ultrapassadas da política. O sinal para os verdes ficou vermelho.

Bruno, o facilitador
O prefeito Bruno Reis (União) orientou a equipe a não criar qualquer tipo de obstáculos a obras do Governo do Estado na capital baiana. O recado se refere principalmente à ponte Salvador-Itaparica e ao VLT do Subúrbio Ferroviário. Sobre a ponte, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) criou um comitê para tentar acelerar os trâmites visando o início efetivo da construção. Em relação ao VLT, cuja obra está parada desde o pandemia, o Executivo estadual rediscute o contrato com a empresa vencedora da licitação para a retomada. Bruno Reis deseja atuar como facilitador dessas grandes intervenções.

Rui Costa, o vencedor
Após a vitória da ex-primeira-dama Aline Peixoto na disputa pela cadeira do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), a anedota que circula no meio político baiano é que o maior vencedor das eleições no estado foi o ex-governador e atual ministro da Casa Civil, Rui Costa. “Rui elegeu o sucessor, virou ministro, articulou desde 2022 e emplacou a esposa no TCM e ainda tem a mão pesada sobre a gestão de Jerônimo Rodrigues (PT). Ninguém se deu melhor do que ele”, comentou um importante deputado da base aliada.

Mateus Pereira/GOVBA

Líder queimado
Por falar em eleição de Aline Peixoto, quem saiu muito queimado foi o líder do Governo, Rosemberg Pinto, principalmente após o episódio em que chamou de mentiroso o jornalista da Folha de São Paulo, João Pedro Pitombo. Rosemberg conseguiu a reprovação tanto de Rui Costa quanto de Jerônimo Rodrigues, que viram na derrapada estratégica do líder uma abertura para que a Folha volte a sua lupa sobre o que tanto Rui, ministro da Casa Civil, quanto Jerônimo fazem. Qualquer escorrego ficará sob a mira da publicação paulista de alcance nacional e os petistas não queriam chamar para si esse tipo de vigilância, além de já ter que lidar com rompimentos internos por conta do “maridismo”.

Os “ex” na disputa
Quem acompanha as movimentações políticas em Camaçari já vê pistas claras de quem serão os principais combatentes para suceder a gestão do Elinaldo Araújo em 2024. No lado governista, desponta o nome do ex-prefeito Helder Almeida, que agora assume o setor de transportes na cidade e tem trabalhado a imagem tanto indo a eventos com o prefeito quanto marcando presença em programas de rádio. Na oposição, quem reaparece como candidato é Luiz Caetano, atual secretário de Relações Institucionais do governo estadual e também ex-prefeito do município. Em Camaçari, a disputa deve ocorrer mesmo entre as velhas caras da política local.

De volta à base
A oposição na Assembleia Legislativa da Bahia, revela uma fonte governista, deve perder mais um deputado para a base de Jerônimo Rodrigues. No caso, trata-se de mais um que foi e vai acabar voltando. Segundo fontes governistas, o deputado estadual Marcelinho Veiga (União) já tem tudo acertado para realinhar-se com os petistas e, de sobra, declarar a independência em relação ao ex-deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos). A vitória de Aline Peixoto na eleição para o TCM foi vista como a ‘pá de cal’ sobre as pretensões de Nilo, que agora verá o genro realizar voo solo.

Um deputado irado
Quem está soltando fogo pelas ventas, como se diz popularmente, é o deputado federal Paulo Magalhães (PSD). Ele está revoltado com o ingresso do prefeito de Catu, Pequeno Sales, no PT, movimento que foi anunciado ainda em meados de fevereiro e que contou com as bênçãos de Jerônimo Rodrigues, Rui Costa e Éden Valadares, presidente estadual do partido. Magalhães fala em “traição” e que haverá “vingança”. Enquanto isso, o prefeito vai mostrando em suas redes sociais obras que vem realizando na cidade com apoio do governo estadual e dançando em cada um dos anúncios. “Dizem que o prefeito só sabe dançar, mas tem obra aí”, disse o prefeito ao anunciar uma obra em 5 de março, no Instagram.

Estreante
O prefeito do município de Piatã, na Chapada Diamantina, teve suas primeiras contas aprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA) e celebrou muito o feito nas redes sociais. As contas de 2021 de Marcos Paulo (PDT) foram aprovadas durante sessão do pleno no dia 7 de março. Os pareceres emitidos pelos conselheiros englobam tanto as contas de governo quanto as de gestão. A recomendação foi encaminhada à Câmara de Vereadores para apreciação. Vale lembrar ao gestor que aprovação de contas é trivialidade em uma gestão pública.

13 de março de 2023, 18:11

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